27 de jul 2025
Genética pode prever risco de obesidade na infância, aponta pesquisa recente
Estudo inédito revela como pontuação de risco poligênico pode prever obesidade em crianças, destacando a influência genética e ambiental.

Pontuação de risco para obesidade é desenvolvida por um grupo internacional de pesquisadores (Foto: Pixabay)
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Pesquisadores têm evidenciado que a genética desempenha um papel crucial na obesidade, com gêmeos idênticos apresentando índices de massa corporal (IMC) semelhantes, mesmo em ambientes distintos. Um novo estudo, envolvendo dados de 5 milhões de pessoas, desenvolveu uma pontuação de risco poligênico que pode prever a obesidade, permitindo identificar crianças em risco na vida adulta.
O estudo revela que a pontuação combina milhares de variantes genéticas, permitindo que médicos estimem os IMCs previstos e os riscos à saúde associados ao peso. Os pesquisadores descobriram que essa pontuação pode prever quais crianças pequenas estão mais propensas a se tornarem obesas na idade adulta. Além disso, adultos com pontuações elevadas tendem a recuperar rapidamente o peso perdido em programas de estilo de vida.
Joel Hirschhorn, professor de pediatria e genética do Hospital Infantil de Boston, destacou que, embora a genética seja um fator importante, ela não pode explicar todos os efeitos ambientais. Ele afirmou que "a genética não é tão previsível assim", mas pode ajudar a identificar quem está em risco. Pradeep Natarajan, geneticista do Hospital Geral de Massachusetts, considera o estudo intrigante e sugere que mais testes são necessários para verificar a eficácia das intervenções.
Implicações Futuras
O estudo também sugere que as pontuações de risco podem ser úteis em tratamentos de doenças cardíacas, ajudando médicos a determinar a gravidade de condições como colesterol e pressão arterial. A pontuação de risco de obesidade abrange apenas um terço do efeito genético, indicando que mais pesquisas são necessárias para identificar variantes adicionais.
Os pesquisadores notaram que a pontuação foi mais precisa para prever a obesidade em pessoas de ascendência europeia. Ruth Loos, da Universidade de Copenhague, observou que o peso de crianças com menos de 5 anos não é um bom indicador de risco futuro, mas suas pontuações de risco poligênico são significativas. A diferença no IMC previsto entre crianças com pontuações nos 10% mais baixos e mais altos é notável.
Além disso, o grupo testou a relação entre pontuações de risco e resultados de intervenções de dieta e exercício. Aqueles com pontuações mais altas responderam melhor, mas tiveram mais dificuldade em manter a perda de peso. Os pesquisadores continuam a investigar as relações entre genética e obesidade, com a expectativa de que futuras descobertas possam melhorar os resultados de saúde.
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