Estudo revela que ultraprocessados têm maior impacto na obesidade que sedentarismo

No mundo atual, uma em cada oito pessoas enfrenta a obesidade, caracterizando uma epidemia global. Uma nova pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences revela que o consumo de alimentos ultraprocessados tem um impacto mais significativo no aumento da obesidade do que o sedentarismo. Os pesquisadores descobriram que 90% do problema está associado a uma alimentação inadequada.

O estudo analisou dados de mais de 4 mil adultos de diferentes continentes, com idades entre 18 e 60 anos. Os cientistas mediram o gasto energético dos participantes, considerando atividades cotidianas, como respirar, e a absorção de calorias após a ingestão de água. Os resultados indicaram que o sedentarismo contribui com apenas 10% do aumento da obesidade em países desenvolvidos, enquanto a alimentação inadequada é a principal responsável.

Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por múltiplos processos industriais e contêm cinco ou mais ingredientes, além de aditivos que alteram sabor, textura e cor. Segundo o "Guia alimentar para a população brasileira", esses produtos são geralmente ricos em calorias, açúcar e gorduras, mas pobres em nutrientes. O documento recomenda a redução do consumo desses alimentos, que são frequentemente associados a problemas de saúde.

A pesquisa destaca que o processamento dos alimentos não apenas aumenta a ingestão calórica, mas também a quantidade de calorias absorvidas pelo corpo. Isso sugere que a dieta inadequada é um fator crucial no aumento da obesidade, superando o impacto do estilo de vida sedentário.