15 de jul 2025
Pesquisa revela novas causas da obesidade em países desenvolvidos
Estudo revela que a dieta, e não a inatividade, é a principal responsável pela obesidade em países desenvolvidos. Políticas de saúde devem focar na redução de alimentos ultraprocessados.

Alimentos ultraprocessados, como biscoitos, batata frita e sorvete, podem ser os responsáveis pelos altos índices de obesidade em países desenvolvidos, diz estudo (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)
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Um estudo recente publicado na revista PNAS revela que o gasto energético diário de pessoas em nações desenvolvidas é semelhante ao de caçadores-coletores, indicando que a dieta, especialmente o consumo de alimentos ultraprocessados, é a principal causa da obesidade.
A pesquisa, que envolveu mais de 4.000 homens e mulheres de 34 países, desafiou a ideia de que a inatividade física é a principal responsável pelo aumento da obesidade em países ricos. Os resultados mostram que americanos e europeus queimam aproximadamente o mesmo número de calorias diárias que grupos de caçadores-coletores e agricultores de subsistência.
Herman Pontzer, professor de antropologia evolutiva na Universidade Duke e um dos autores do estudo, afirma que a inatividade não é o principal fator que contribui para a obesidade. Em vez disso, o estudo sugere que o aumento do consumo de calorias, especialmente de alimentos ultraprocessados, é o verdadeiro culpado. Os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre dietas ricas em alimentos ultraprocessados e maiores porcentagens de gordura corporal.
Os dados foram coletados usando água duplamente marcada, uma técnica que permite medir com precisão o gasto energético e a composição corporal. A pesquisa revelou que, independentemente do estilo de vida, o gasto energético total é bastante consistente entre diferentes populações.
Pontzer destaca que, embora o exercício seja importante para a saúde, os esforços para combater a obesidade devem se concentrar na dieta. A pesquisa sugere que a ingestão excessiva de calorias é cerca de dez vezes mais significativa do que a diminuição do gasto energético total na crise de obesidade atual.
Os especialistas concordam que mudanças na alimentação, e não na atividade física, são os principais fatores que impulsionam a obesidade. O estudo reforça a necessidade de políticas de saúde pública que abordem a dieta, especialmente a redução do consumo de alimentos ultraprocessados.
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