https://staging.portaltela.com

Breaking News

22 de jul 2025

Especialistas utilizam dardos e biópsias para salvar ursos-polares no Ártico

Cientistas monitoram ursos polares em Svalbard, testando novas técnicas de rastreamento e analisando adaptações alimentares em meio ao aquecimento global.

Apesar da aparência dócil, o urso-polar é um dos predadores mais ferozes do planeta. (Foto: OLIVIER MORIN / AFP)

Apesar da aparência dócil, o urso-polar é um dos predadores mais ferozes do planeta. (Foto: OLIVIER MORIN / AFP)

Ouvir a notícia

Especialistas utilizam dardos e biópsias para salvar ursos-polares no Ártico - Especialistas utilizam dardos e biópsias para salvar ursos-polares no Ártico

0:000:00

O urso-polar, um dos predadores mais icônicos do planeta, enfrenta sérios desafios devido ao aquecimento global que afeta seu habitat no Ártico. O arquipélago de Svalbard, onde o Instituto Polar Norueguês (IPN) realiza monitoramentos, está experimentando um aumento de temperatura três a quatro vezes mais rápido que a média global.

Recentemente, uma equipe de oito cientistas a bordo do navio quebra-gelo Kronprins Haakon iniciou uma expedição para testar novas técnicas de rastreamento dos ursos. Entre as inovações, está o monitoramento de "químicos eternos" (PFAS), substâncias que se acumulam no organismo dos animais e que têm origem em diversas partes do mundo.

A coleta de dados exige uma logística complexa. Para obter amostras de sangue e gordura, os cientistas precisam sedar os ursos com um dardo disparado de um helicóptero. O veterinário Rolf Arne Olberg observa atentamente para garantir que o sedativo atue corretamente. Após a confirmação, a equipe realiza a colocação de colares com GPS e a inserção de monitores cardíacos, permitindo o acompanhamento da saúde dos ursos ao longo do ano.

Mudanças nos Hábitos Alimentares

Os ursos-polares têm adaptado seus hábitos alimentares em resposta à diminuição das calotas polares. Embora ainda caçam focas, eles estão começando a incluir ovos, renas e gramíneas marinhas em sua dieta. O principal cientista do programa de ursos-polares do IPN, Jon Aars, observa que, apesar das mudanças, as focas continuam sendo essenciais para a sobrevivência dos ursos.

Pesquisas indicam que, mesmo com a redução do gelo marinho, os ursos ainda conseguem suprir cerca de 70% de suas necessidades energéticas em apenas três meses de caça. Contudo, Aars alerta que, se o aquecimento global continuar, o acesso às focas poderá se tornar mais difícil, comprometendo a saúde da população.

Impacto dos Contaminantes

Os cientistas também estão preocupados com os níveis de contaminação nos ursos. A toxicologista Laura Pirard destaca a importância de reproduzir em laboratório as condições enfrentadas pelos ursos na natureza. A toxicologista Heli Routti observa que, embora alguns poluentes tenham diminuído, o número de substâncias químicas detectadas aumentou, o que pode ter implicações para a saúde dos ursos e dos seres humanos.

As pesquisas em Svalbard revelam um quadro complexo: os ursos estão se adaptando, mas o futuro permanece incerto. A capacidade de aprendizado e adaptação dos ursos é um fator positivo, mas os cientistas continuam a monitorar de perto as mudanças em seu comportamento e saúde.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela