Sindicância investiga uso de soro em vez de vacina em 11 bebês picados por cobra

Incidente no Hospital Santa Cruz de Canoinhas

Onze recém-nascidos do Hospital Santa Cruz de Canoinhas, em Santa Catarina, receberam antídoto contra picada de cobra em vez da vacina de hepatite B. O incidente ocorreu no dia 11 de julho e gerou preocupação nas famílias e na comunidade.

Uma sindicância interna foi instaurada para investigar se o erro foi intencional. A diretora do hospital, Karen Adur, explicou que a confusão pode ter ocorrido devido à semelhança entre os frascos. "A profissional acabou pegando o frasco da prateleira errada", afirmou. O hospital esclareceu que tanto o soro quanto a vacina podem ser armazenados na mesma geladeira, mas é crucial ter atenção na leitura dos rótulos.

Felizmente, nenhuma reação adversa foi observada nos bebês, que estão estáveis e não necessitam de internação. As famílias seguem protocolos de segurança, mantendo as crianças sob observação por até 30 dias. A dosagem recebida foi de 0,5 ml, a mesma aplicada na vacina contra hepatite B, o que minimiza riscos à saúde.

Orientações e Segurança

Caso os recém-nascidos tivessem sido picados por uma cobra, a dosagem do soro seria significativamente maior, variando de 30 ml a 120 ml, dependendo dos sintomas. Essas informações foram confirmadas pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina e pelo Instituto Butantan. A diretora Adur reiterou que, devido à pequena quantidade administrada, não há risco à saúde dos bebês.

O resultado da sindicância deve ser divulgado em até sete dias, e o hospital se compromete a manter a transparência sobre o caso. A situação destaca a importância da atenção e rigor na administração de medicamentos, especialmente em unidades de saúde que atendem recém-nascidos.