Trabalhadores são presos na Bolívia por trocarem vacinas contra sarampo por carne

Dois trabalhadores de uma empresa de transporte foram detidos na Bolívia após adulterarem 230 doses da vacina contra o sarampo, substituindo-as por carne bovina. O caso foi revelado na sexta-feira (25) pela ministra da Saúde e Esportes, María Renée Castro. A carga estava sendo transportada entre os municípios de San Matías e Ascensión de la Frontera, no departamento de Santa Cruz.

As vacinas faziam parte de uma campanha nacional de imunização em resposta a um surto de sarampo, que já registrou mais de 140 casos confirmados. O foco da campanha é proteger crianças e comunidades vulneráveis, que são mais suscetíveis a complicações da doença. Segundo a ministra, os funcionários romperam o lacre de segurança da garrafa térmica, essencial para manter a eficácia das vacinas, e realizaram a substituição do conteúdo.

María Renée Castro classificou o ato como “inadmissível”, ressaltando o risco que isso representa para a saúde pública. Ela lamentou o impacto negativo sobre a população, especialmente sobre as crianças e comunidades mais afetadas. A ministra afirmou que as doses comprometidas serão repostas com urgência nos postos de saúde da região.

O governo boliviano confirmou que os envolvidos responderão legalmente pelo crime. Castro reiterou o compromisso do governo em continuar a campanha de vacinação, afirmando que “nada nem ninguém nos impedirá de lutar contra o sarampo”. A situação destaca a importância da integridade na distribuição de vacinas, especialmente em tempos de surtos de doenças.