15 de jul 2025
Dormir bem é essencial, mas forçar o sono pode causar insônia
A insônia crônica afeta 14% da população adulta na Espanha, com a terapia cognitivo comportamental sendo a solução mais eficaz.

Sol ardiente de junho, de Frederic Leighton (1895). (Foto: CBW /Alamy Stock Photo)
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O boletim "Duerme bien" destaca a crescente prevalência do insônio crônico na Espanha, que afeta cerca de 14% da população adulta, ou aproximadamente 5,4 milhões de pessoas. O insônio é classificado como crônico quando ocorre mais de três vezes por semana durante pelo menos três meses. Essa condição tem aumentado, passando de 6,4% em 1999 para os números atuais.
O texto também aborda o conceito de ortosomnia, que se refere à busca obsessiva por um sono perfeito, frequentemente exacerbada por dispositivos que monitoram o sono. Especialistas alertam que essa obsessão pode gerar ansiedade, dificultando ainda mais o descanso. O neurofisiólogo clínico Javier Puertas enfatiza que "o sono chega quando nos esquecemos dele", ressaltando que forçar o sono é contraproducente.
A terapia cognitivo-comportamental é apresentada como o tratamento preferencial para o insônio. Estudos indicam que essa abordagem pode melhorar significativamente o sono em 50% dos casos e trazer benefícios econômicos a longo prazo. Apesar de sua eficácia, a disponibilidade desse tratamento ainda é limitada nas Unidades de Sono na Espanha, levando muitos a recorrer a medicamentos como benzodiazepinas, que podem causar dependência.
Para aqueles que enfrentam dificuldades para dormir, o boletim sugere algumas práticas, como evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir e não olhar para o relógio durante a insônia. Além disso, recomenda-se realizar atividades relaxantes, como ler ou praticar exercícios de respiração, para ajudar a acalmar a mente.
A mensagem central é clara: o sono deve ser protegido, não forçado. Para quem sofre de insônia crônica, é essencial buscar orientação médica e considerar a terapia cognitivo-comportamental como uma opção viável e eficaz.
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