19 de jul 2025
Bolsonaristas veem sanções dos EUA como solução para desgaste com tarifas
A tensão entre Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) se intensificou após a operação da Polícia Federal (PF) que impôs medidas cautelares ao ex presidente. A PF determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e permaneça em recolhimento domiciliar noturno, além de autorizar busca e apreensão em sua residência. O ministro Alexandre de Moraes acatou a solicitação da PF, que apontou risco de fuga do ex presidente. A insatisfação entre os aliados de Bolsonaro aumentou com as tarifas impostas por Donald Trump, que impactaram sua popularidade. Em resposta, esperavam que o governo dos Estados Unidos aplicasse sanções contra Moraes e outros ministros do STF. A suspensão dos vistos de Moraes e de sete ministros, anunciada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, alimentou essa expectativa. Eduardo Bolsonaro, filho do ex presidente, defendeu publicamente a implementação de sanções diretas como forma de pressionar o STF. A operação da PF e as novas restrições de vistos reacenderam a esperança entre os apoiadores de Bolsonaro em relação a retaliações contra Moraes. O dilema gerado pelas tarifas de Trump dividiu os apoiadores do ex presidente. Enquanto alguns defendem uma abordagem conciliatória, outros, como Eduardo e Paulo Figueiredo, insistem em ações mais agressivas. Eduardo Bolsonaro comparou as tarifas a um "remédio oral", sugerindo que sanções mais severas seriam uma "quimioterapia quase suicida". Ele e Figueiredo têm pressionado a Casa Branca a considerar sanções financeiras, utilizando legislações como a Lei Magnitsky e a International Emergency Economic Powers Act, que visam punir autoridades que violam direitos humanos e podem impactar significativamente as finanças de Moraes e outros alvos.

Jair Bolsonaro chega à Polícia Federal (PF) para colocar tornozeleira eletrônica (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)
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A relação entre Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) se deteriorou ainda mais após a operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (18), que impôs medidas cautelares ao ex-presidente. A PF determinou que Bolsonaro use tornozeleira eletrônica e fique em recolhimento domiciliar noturno, além de autorizar busca e apreensão em sua residência. O ministro Alexandre de Moraes acatou a representação da PF, que indicava risco de fuga do ex-presidente.
Aliados de Bolsonaro, preocupados com o desgaste político causado pelas tarifas impostas por Donald Trump, esperavam que o governo dos EUA aplicasse sanções contra Moraes e outros ministros do STF. A suspensão dos vistos de Moraes e de sete ministros, anunciada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, intensificou essa expectativa. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, defendeu publicamente a adoção de sanções diretas como forma de pressionar o STF.
A operação da PF e as novas restrições de vistos reacenderam a esperança entre os aliados de Bolsonaro de que as retaliações a Moraes possam ser concretizadas. O dilema gerado pelo tarifaço de Trump, que afetou a popularidade de Bolsonaro, levou a uma divisão entre seus apoiadores. Enquanto alguns defendem uma abordagem mais conciliatória, outros, como Eduardo e Paulo Figueiredo, insistem em medidas mais agressivas contra o STF.
Eduardo Bolsonaro comparou as tarifas a um "remédio oral", sugerindo que sanções mais severas seriam uma "quimioterapia quase suicida". Ele e Figueiredo têm pressionado a Casa Branca para que considere sanções financeiras, utilizando legislações como a Lei Magnitsky e a International Emergency Economic Powers Act. Essas medidas visam punir autoridades que violam direitos humanos e podem ter um impacto significativo nas finanças de Moraes e outros alvos.
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