15 de jul 2025
Trump complica estratégia de bolsonaristas contra o STF com tarifaço
Bolsonaro muda postura sobre tarifas de Trump, buscando apoio do setor agropecuário e destacando Eduardo Bolsonaro na corrida de 2026.

Eduardo Bolsonaro (à esquerda) articula sanções do governo Trump contra o ministro do STF Alexandre de Moraes (à direita) (Foto: Gilmar Felix/Agência O Globo; Saul Loeb/AFP e Jorge William/Agência O Globo)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu clã estão reagindo às ameaças de tarifas que Donald Trump pretende impor ao Brasil. A situação revela uma tensão entre interesses políticos e econômicos, especialmente em um momento em que o governo Lula enfrenta dificuldades para articular uma resposta eficaz.
Inicialmente, Bolsonaro comemorou a carta de Trump, que exigia a liberação imediata do ex-presidente. No entanto, após pressão de empresários, especialmente do setor agropecuário, o tom mudou. Em um tuíte, Bolsonaro expressou respeito pelo governo dos EUA, afirmando que a situação não deveria causar sofrimento aos produtores brasileiros.
Mudança de Tom
A mudança de postura foi notável. No último domingo, Bolsonaro destacou que a carta de Trump estava mais relacionada a valores do que a questões econômicas. Ele pediu que as autoridades brasileiras encontrassem uma solução para o problema das tarifas. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que inicialmente apoiou Trump, também recuou após pressão de industriais e produtores.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, se posicionou como defensor da estratégia de Trump, buscando se destacar na corrida presidencial de 2026. Ele criticou Tarcísio por tentar negociar sem sua participação e afirmou que a situação exige ações do Judiciário brasileiro. Eduardo se vê como um dos poucos que podem enfrentar a pressão de Trump e, ao mesmo tempo, se distanciar de outros líderes da direita.
Consequências Políticas
A situação gera um dilema para os governadores de direita, como Romeu Zema e Ratinho Junior, que também tentaram apoiar Trump, mas recuaram diante das consequências. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, busca se consolidar como o único a enfrentar a situação, apostando que a pressão de Trump possa levar à anistia dos presos do 8 de janeiro.
A estratégia de Eduardo é arriscada, mas pode lhe garantir força política se obtiver sucesso. A situação atual coloca o clã Bolsonaro em um impasse, onde a pressão externa e as divisões internas complicam a resposta ao tarifaço de Trump, enquanto o governo Lula observa a situação com cautela.
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