16 de jul 2025
Trump pressiona Lula, Xi e Modi a agir contra Putin com sanções econômicas
EUA ameaçam sanções secundárias a Brasil, Índia e China para pressionar Putin a negociar a paz na Ucrânia, elevando custos das importações russas.

Lula encontra Vladimir Putin no Dia da Vitória, na Rússia (Foto: Alexei Nikolsky/Reuters)
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Ao ameaçar implementar sanções secundárias, o governo de Donald Trump busca pressionar Brasil, Índia e China a persuadir Vladimir Putin a negociar a paz na Ucrânia. A medida visa aumentar os custos políticos e econômicos para países que continuam a comprar petróleo e gás da Rússia.
Fontes diplomáticas em Washington confirmaram que, caso essas nações mantenham suas importações, poderão enfrentar tarifas de até 100%. Segundo os EUA, essas compras financiam a economia russa e sustentam a guerra. A estratégia também tem como foco romper a aliança entre China e Rússia, além de minar o papel de Brasil e Índia, que têm intensificado suas compras de produtos russos.
Pressão Internacional
Mark Rutte, chefe da Otan, expressou esperança de que a nova legislação leve Brasil, China e Índia a pressionar Putin por um cessar-fogo. Ele destacou que, se esses países souberem das sanções iminentes, podem optar por dialogar com o líder russo sobre a necessidade de um acordo de paz.
O Brasil, que sempre defendeu soluções diplomáticas, enfrenta pressão crescente de países ocidentais, incluindo os EUA. O governo Lula, que rejeitou planos de paz que não incluíssem a Rússia, se vê em uma posição delicada, especialmente após tensões com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Comércio com a Rússia
Desde o governo de Jair Bolsonaro, o Brasil tem aumentado suas importações da Rússia, especialmente de diesel. Em 2024, o país se tornou o destino de 25% do diesel russo, movimentando cerca de 24 bilhões de euros. A exportação de fertilizantes também cresceu, com o Brics respondendo por 50% das exportações russas desse produto.
A mudança no comércio ocorreu após a guerra na Ucrânia e as sanções ocidentais, levando a Rússia a redirecionar suas vendas para economias emergentes. O Brasil, em particular, recebeu 25% do volume total de fertilizantes exportados pela Rússia nos últimos anos.
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