16 de jul 2025
PGR denuncia Bolsonaro por divulgação indevida de inquérito sigiloso ao STF
Procurador geral Paulo Gonet afirma que Jair Bolsonaro divulgou informações sigilosas sobre inquérito do TSE, contradizendo Augusto Aras.

Jair Bolsonaro conversa com seus advogados durante julgamento no STF, em 10 de junho de 2025, em Brasília. Ele nega envolvimento em suposto plano de golpe após a derrota para Lula em 2022. (Foto: EVARISTO SA / AFP)
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou que o ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou de forma indevida informações de um inquérito sigiloso que investiga um ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A afirmação foi feita nas alegações finais da ação penal relacionada à trama golpista, enquanto um inquérito específico sobre o vazamento permanece em andamento.
Gonet ressaltou que o inquérito, que apura uma tentativa de invasão ao banco de dados do TSE, nunca teve como objetivo verificar a integridade das urnas eletrônicas. Em agosto de 2021, Bolsonaro comentou sobre o inquérito em uma entrevista, alegando que "todo mundo" já havia "copiado" o conteúdo, o que levou o TSE a solicitar a abertura de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na época, o STF aceitou o pedido e abriu um inquérito para investigar o ex-presidente. A Polícia Federal concluiu a apuração em fevereiro de 2022, indicando que Bolsonaro havia violado o sigilo funcional. Entretanto, o então procurador-geral, Augusto Aras, pediu o arquivamento da investigação, alegando que não havia uma decisão específica que impusesse a restrição de sigilo.
Mudanças na PGR
Desde a posse de Gonet em dezembro de 2023, o inquérito sobre o vazamento de informações não teve novas movimentações. O procurador-geral, em suas alegações, contradisse a posição de Aras ao afirmar que o conteúdo do inquérito era sigiloso e que a divulgação feita por Bolsonaro foi distorcida.
Gonet enfatizou que o inquérito em questão não investigou fraudes eleitorais e que o caráter sigiloso já existia antes da divulgação. A nova postura da PGR pode indicar um avanço nas investigações, que estavam paralisadas, e um possível desdobramento em relação ao ex-presidente.
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