Bolsonaro afirma ser alvo de perseguição em meio a acusações de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ser alvo de um "cerco sem precedentes" após a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitar sua condenação por suposta participação em uma trama golpista. Em um post nas redes sociais, Bolsonaro descreveu a situação como uma "perseguição implacável", comparando-a à investigação sobre o ataque que sofreu em 2018.

No post, Bolsonaro criticou a condução do caso, mencionando o delegado da Polícia Federal que investigou o ataque a ele e que agora ocupa um cargo na atual gestão. Ele alegou ter enfrentado "pesca probatória, quebra de sigilo e intimidação", afirmando que tudo isso ocorre sem provas concretas. O ex-presidente também negou envolvimento em um plano que teria como alvo figuras políticas, incluindo o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acusações da PGR

Na segunda-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e de outros sete réus, afirmando que as evidências demonstram que o ex-presidente "agiu de forma sistemática" para incitar a insurreição e desestabilizar o Estado democrático. Gonet destacou que as ações de Bolsonaro não foram apenas uma resistência à derrota eleitoral, mas uma articulação consciente para fomentar a violência.

O procurador também mencionou que Bolsonaro foi o "principal coordenador da disseminação de notícias falsas", utilizando a estrutura do governo para promover a subversão da ordem. A manifestação da PGR, com mais de 500 páginas, reforçou as denúncias apresentadas anteriormente e detalhou os principais pontos da acusação contra o ex-presidente.