16 de jul 2025
PGR aponta desvio gravíssimo na atuação da Abin em alegações finais da trama golpista
Procuradoria Geral da República pede condenação de Jair Bolsonaro por uso indevido da Abin em trama golpista; 36 indiciados por espionagem.

Procurador-Geral da República, Paulo Gonet (Foto: Antonio Augusto/STF)
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou a gravidade da utilização da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins políticos, classificando-a como um "desvio gravíssimo". A declaração foi feita durante as alegações finais da ação penal relacionada a uma suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.
Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados por crimes como golpe de Estado. A investigação aponta a utilização indevida da Abin como um dos principais elementos do caso. A Polícia Federal (PF) já indiciou 36 pessoas por espionagem ilegal, mas não incluiu Bolsonaro entre os indiciados, deixando essa decisão a cargo da PGR.
Estrutura Oculta na Abin
Gonet mencionou que a estrutura oculta na Abin tinha como objetivo "operacionalizar ações com finalidade política", violando princípios da administração pública. O procurador também citou tentativas de deslegitimar o sistema eleitoral e monitorar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). "O uso da Abin para promover perseguição a adversários caracteriza um desvio gravíssimo de finalidade institucional", afirmou Gonet.
Três dos indiciados no caso da Abin paralela também são réus na trama golpista. Entre eles está o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da agência, que enfrenta um pedido de condenação. Os outros dois indiciados são um subtenente do Exército e um policial federal, ambos envolvidos na divulgação de desinformação.
Próximos Passos da Investigação
A ação penal relacionada à trama golpista está em fase de audiências de testemunhas de defesa. Bolsonaro, Ramagem, Rodrigues e Bormevet negam as irregularidades e solicitaram a rejeição da denúncia. A PGR agora avaliará o relatório da PF para decidir se apresentará uma denúncia contra todos os envolvidos, não apenas contra Bolsonaro.


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