16 de jul 2025
Fundação denuncia sniper israelense por crimes de guerra em Gaza durante evento em Lisboa
Fundação Hind Rajab denuncia atirador israelense em Portugal, buscando responsabilização por crimes de guerra em Gaza sob jurisdição universal.

Dani Adonya Adega em Gaza (Foto: Reprodução)
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A Fundação Hind Rajab, uma ONG pró-Palestina, apresentou uma queixa-crime em Portugal contra o atirador de elite israelense Dani Adonya Adega. A acusação se baseia em crimes de guerra cometidos durante a ofensiva em Gaza, e a fundação solicita a prisão do militar sob a jurisdição universal.
Adega foi identificado em Lisboa em julho e é vinculado ao Batalhão 8114 do Exército de Israel, que atuou sob o comando da 252ª Divisão. Essa divisão é criticada por criar o "corredor da morte de Netzarim", onde civis, incluindo crianças, foram supostamente alvos de franco-atiradores. A denúncia foi encaminhada pela advogada de direitos humanos Carmo Afonso, que apresentou uma documentação extensa coletada pela fundação.
Um ponto central da queixa é uma publicação de Adega nas redes sociais, onde ele aparece armado e sorrindo em meio a escombros, com a legenda: “4 tiros, 0 erros”. A fundação afirma que isso demonstra uma campanha genocida, com civis sendo deliberadamente assassinados, mesmo durante um cessar-fogo. Registros indicam que mais de 170 civis palestinos foram mortos nesse período.
Jurisdição Universal
A Fundação Hind Rajab destaca que a queixa em Portugal se fundamenta no princípio da jurisdição universal, que permite a qualquer país processar crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade. A organização pressiona as autoridades portuguesas a agir, afirmando que Portugal tem a obrigação legal de deter suspeitos de crimes de guerra em seu território.
A fundação, que leva o nome de uma menina palestina morta em Gaza, já moveu ações legais contra militares israelenses em diversos países. A ONG afirma que “a impunidade não será mais a norma” e que há várias investigações em andamento. A missão da fundação é quebrar o ciclo de impunidade e honrar a memória das vítimas do conflito.
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