Bolsonaro nega intenção de deixar o país e critica denúncia da PGR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou vergonha em relação ao pedido de condenação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e de outros sete réus envolvidos na trama golpista. Em entrevista ao portal Poder360, ele questionou como poderia ser responsabilizado por atos de depredação, uma vez que estava nos Estados Unidos durante os ataques de 8 de janeiro.

Bolsonaro, que já foi condenado pelo TSE por ataques ao sistema eleitoral e é réu no STF, afirmou que a denúncia apresentada pela PGR é difícil de contestar. Ele comparou a situação a se defender de um crime que não ocorreu, mencionando que é "quase como se defender de ter matado um marciano". O ex-presidente está inelegível até 2030 e as alegações finais da acusação foram entregues na segunda-feira (14).

Defesa de Bolsonaro

O ex-presidente reiterou que não estava no Brasil durante os eventos de janeiro e, portanto, não poderia ser acusado de depredação. A PGR, no entanto, não o acusa de depredar diretamente, mas de articular ações que culminaram nos ataques. Bolsonaro também criticou a escolha de Paulo Gonet como procurador-geral, afirmando que não tinha problemas com ele antes da indicação por Lula (PT).

Além disso, Bolsonaro negou qualquer intenção de deixar o país, ressaltando que está com o passaporte retido devido às investigações. Ele mencionou sua idade e problemas de saúde como razões para não viajar. "Como vou ser responsável por danificar patrimônio se estava nos Estados Unidos?", questionou.

O ex-presidente continua a se defender publicamente e a contestar as acusações, enquanto aguarda o desenrolar do processo judicial que o envolve.