Formação médica ética promove saúde e bem-estar para a sociedade

A formação médica no Brasil enfrenta desafios significativos, com seis anos de graduação seguidos de residência, e uma distribuição desigual de médicos, especialmente nas regiões menos favorecidas. Atualmente, o país conta com 448 faculdades de medicina, sendo 256 abertas após a implementação da lei do Mais Médicos, em 2013. O número de médicos saltou de 388 mil para quase 650 mil, sem que a desigualdade na distribuição fosse resolvida.

O crescimento acelerado das faculdades ocorreu sem critérios regulatórios rigorosos, resultando em cursos, principalmente os privados, com deficiências no corpo docente e na infraestrutura de estágios no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 45% dos médicos no Brasil não completaram a residência médica, etapa considerada essencial em muitos países para a prática clínica. Essa situação é atribuída à falta de vagas em programas desejados e à necessidade de muitos egressos de ingressar rapidamente no mercado de trabalho para quitar dívidas de financiamento.

Necessidade de Avaliação Rigorosa

A Comissão Nacional de Residência Médica deve estabelecer critérios rigorosos para a avaliação e acreditação dos programas de residência. A participação das sociedades médicas e do Conselho Federal de Medicina é crucial para garantir a qualidade da formação. A preocupação com a formação inadequada de médicos é crescente, pois isso pode impactar diretamente a saúde da população.

Para melhorar a qualidade do atendimento, é fundamental que os estudantes de medicina sejam submetidos a exames de progresso durante o curso e a um exame de proficiência ao final da graduação. Além disso, as faculdades e centros de prática devem ser avaliados periodicamente. A qualidade da formação médica é essencial para que os profissionais possam exercer sua função com eficácia e segurança, garantindo um atendimento de saúde de qualidade para todos.