20 de mai 2025
Defesa utiliza contradições de general para contestar acusação de golpe
General Freire Gomes depõe sobre tentativa de golpe; defesas de acusados buscam contradições para contestar PGR. Novo depoimento pode mudar o jogo.
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O ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, prestou depoimento sobre a tentativa de golpe de Estado que envolve figuras como Jair Bolsonaro e ex-ministros. As defesas dos acusados planejam utilizar as contradições em suas declarações para enfraquecer a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os advogados dos acusados, que fazem parte do que é considerado o "núcleo crucial" da trama golpista, afirmam que Freire Gomes "baixou a temperatura" e "não romantizou" os eventos. Eles pretendem explorar essas contradições durante as sustentações orais e alegações finais. O ex-comandante da Força Aérea, Baptista Júnior, deve ser ouvido em breve, o que pode influenciar a estratégia de defesa.
Entre os acusados estão Jair Bolsonaro, o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, e outros ex-ministros. Um advogado destacou que o que importa é o que Freire Gomes declarou em juízo, desconsiderando o que disse anteriormente à Polícia Federal. Durante a audiência, o ministro relator Alexandre de Moraes alertou Freire Gomes sobre o risco de ter "mentido" em depoimento anterior.
Freire Gomes mencionou que o almirante Almir Garnier Santos "demonstrou respeito" a Bolsonaro, enquanto outros comandantes discordaram. No entanto, em depoimento à PF, ele havia afirmado que Garnier apoiou a tentativa de golpe. O advogado de Garnier, Demóstenes Torres, pretende usar essa contradição em sua defesa.
Outro ponto de tensão ocorreu entre Moraes e o advogado do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Moraes criticou o advogado por tentar induzir a testemunha com perguntas repetitivas. Torres é descrito na denúncia da PGR como o "mentor jurídico" do golpe, que aconselhava Bolsonaro.
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