19 de mai 2025
Moraes acusa general de distorcer fatos em depoimento à Polícia Federal
Ex comandante do Exército confirma reunião com Bolsonaro sobre golpe; depoimento pode impactar defesa do ex presidente no STF.
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O ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 19, no âmbito da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a audiência, Freire Gomes confirmou que participou de uma reunião com Bolsonaro em 7 de dezembro de 2022, onde foi discutido um plano que incluía a possibilidade de um golpe.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, confrontou Freire Gomes sobre contradições em seu depoimento anterior à Polícia Federal. Moraes enfatizou a importância da veracidade nas declarações, questionando se o general estava mentindo. Freire Gomes, por sua vez, defendeu sua integridade, afirmando que nunca mentiria após 50 anos de serviço militar.
Detalhes da Reunião
Na reunião mencionada, Bolsonaro apresentou uma minuta que sugeria a utilização das Forças Armadas para reverter o resultado das eleições de 2022. Freire Gomes relatou que alertou o ex-presidente sobre as implicações jurídicas de suas ações, mas negou ter ameaçado prender Bolsonaro, contradizendo o depoimento do brigadeiro Carlos Baptista Júnior.
O general também minimizou a participação do então comandante da Marinha, Almir Garnier, afirmando que ele apenas demonstrou respeito ao presidente, sem conluio. Moraes, no entanto, destacou que as declarações de Freire Gomes à PF eram mais contundentes e exigiu clareza sobre suas afirmações.
Implicações do Depoimento
O depoimento de Freire Gomes é considerado um dos principais elementos da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro e outros sete indivíduos de integrar um "núcleo crucial" na tentativa de golpe. As audiências no STF seguirão até 2 de junho, com a participação de diversas testemunhas.
As revelações feitas por Freire Gomes podem impactar a defesa de Bolsonaro, que já se declarou inocente e argumentou que discutir hipóteses não é crime. O ex-presidente, que acompanhou a audiência virtualmente, continua a ser investigado por suas ações após as eleições, que ameaçaram a democracia brasileira.
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