19 de mai 2025
Ex-comandante do Exército afirma que não houve ordens para movimentação de tropas
Ex comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, depõe ao STF e nega envolvimento militar em suposta trama golpista de Bolsonaro.
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Ao longo de quase duas horas de depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 19, o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, buscou distanciar os militares da política. Ele foi intimado a depor como testemunha no inquérito que investiga uma suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais de uma dezena de militares.
Durante a videoconferência, Freire Gomes afirmou que os militares apenas ouviram as críticas de Bolsonaro ao sistema eleitoral, sem se manifestar. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou a presença dos comandantes das Forças Armadas em uma reunião no Palácio do Planalto, em julho de 2022, onde Bolsonaro criticou o Tribunal Superior Eleitoral. O general destacou que a participação dos comandantes era protocolar e que não houve manifestação deles.
Freire Gomes minimizou a presença dos militares no Palácio da Alvorada após o segundo turno das eleições, onde, segundo investigações, ocorreram tratativas sobre uma possível reversão da derrota de Bolsonaro. Ele afirmou que os militares compareciam quando chamados, sem saber previamente a pauta das reuniões. O general também mencionou que o ex-presidente apresentou propostas como a decretação de Garantia da Lei e da Ordem, mas ressaltou que não era um problema militar.
Em um momento do depoimento, Freire Gomes admitiu que entre as medidas discutidas estava a prisão do ministro Alexandre de Moraes, mas alertou Bolsonaro sobre as implicações jurídicas de tal ação. Ao ser questionado sobre movimentação de tropas, o ex-comandante negou qualquer solicitação nesse sentido.
Além disso, Freire Gomes tentou minimizar a expressão utilizada pelo ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que se referiu à pasta como estando na "linha de contato com o inimigo". O general afirmou que tal expressão é comum no meio militar e não deve ser interpretada literalmente. Ele também mencionou reuniões semanais no Ministério da Defesa, onde se discutiam questões eleitorais, mas sem intenção de influenciar o processo.
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