Ucrânia utiliza drones camuflados para atacar alvos na Rússia

KIEV - Em um movimento audacioso, as forças armadas da Ucrânia realizaram um ataque surpresa em território russo no último domingo, utilizando drones operados remotamente. O ataque resultou na destruição de pelo menos uma dúzia de aeronaves militares em bases aéreas, incluindo Belaya e Olenya. A operação foi planejada em resposta às perdas significativas enfrentadas pela Ucrânia no campo de batalha.

Imagens e vídeos analisados pelo The New York Times revelam a extensão dos danos. Os bombardeiros estratégicos em pelo menos dois aeródromos foram atingidos, enquanto o Ministério da Defesa da Rússia relatou que os ataques a três outras localidades foram repelidos. No entanto, a veracidade dessas alegações não foi confirmada, e imagens de satélite indicam que não houve danos em duas das bases mencionadas.

Drones ucranianos foram lançados de contêineres disfarçados como casas modulares montadas em caminhões, conforme evidenciado por vídeos compartilhados nas redes sociais. A filmagem mostra um drone se aproximando de um bombardeiro Tupolev Tu-95, seguido por explosões que consumiram várias aeronaves. Autoridades ucranianas afirmaram que os contêineres que transportavam os drones foram projetados para se autodestruir após o lançamento.

Danos Estratégicos

A análise de imagens de radar da empresa Umbra confirmou que sete bombardeiros estratégicos foram completamente destruídos, incluindo quatro Tupolev Tu-22M e três Tupolev Tu-95. Esses bombardeiros são cruciais para a campanha russa de ataques aéreos contra a Ucrânia. Além disso, medidas defensivas, como aeronaves falsas feitas de pneus, foram observadas nas bases, indicando uma preparação para possíveis ataques.

O ataque em Olenya também foi documentado, com vídeos mostrando bombardeiros em chamas e a presença de drones no céu. Um homem gravou um vídeo de drones sendo lançados de um caminhão próximo à base, reforçando a estratégia de ataque ucraniana.

Embora os ataques tenham causado perdas significativas à Rússia, analistas alertam que isso não deve alterar a determinação do Kremlin em continuar seus objetivos militares na região.