Ucrânia causa prejuízo de US$ 7 bilhões à Rússia com operação secreta de drones

A Ucrânia lançou a operação "Teia de Aranha" no domingo, 2, atacando bases aéreas russas e causando danos estimados em US$ 7 bilhões. A ação, que envolveu mais de 40 aeronaves atingidas, foi elogiada pelo presidente Volodymyr Zelensky como um grande sucesso, resultado de mais de um ano de planejamento.

A operação utilizou 117 drones, que foram disfarçados em contêineres de madeira e transportados até as bases russas. Segundo autoridades ucranianas, os drones foram ativados remotamente, permitindo que realizassem os ataques sem serem detectados. Zelensky destacou que o planejamento ocorreu próximo à sede do FSB, o serviço de segurança russo, o que demonstra a audácia da ação.

Os alvos incluíram bases em regiões distantes, como Irkutsk e Murmansk, a mais de 4.500 quilômetros da fronteira ucraniana. O Ministério da Defesa da Rússia confirmou os ataques, classificando-os como "terroristas" e reconhecendo incêndios em várias aeronaves, embora tenha minimizado os danos.

Reações e Consequências

A operação foi considerada um marco na capacidade de ataque da Ucrânia, com especialistas afirmando que os danos podem impactar a capacidade de ataque aéreo da Rússia. A SBU, serviço de segurança ucraniano, estimou que a operação destruiu 34% da frota russa de porta-mísseis aéreos.

Em resposta, a Rússia intensificou seus ataques à Ucrânia, lançando 472 drones na mesma noite, o maior número desde o início do conflito. A escalada de hostilidades reflete a crescente tensão entre os dois países, com ambos os lados se preparando para novas rodadas de negociações de paz.

A operação "Teia de Aranha" não apenas demonstrou a capacidade militar da Ucrânia, mas também ressaltou a vulnerabilidade das instalações russas. A utilização de tecnologia de drones, como os modelos FPV, permitiu um ataque eficaz e inesperado, desafiando a segurança russa e alterando a dinâmica do conflito.