Trump apresenta novo banimento com estratégias aprimoradas, afirmam especialistas

Donald Trump anunciou um novo banimento de viagens para 12 países, revisitando uma política emblemática de seu primeiro mandato. O novo decreto, que entra em vigor em 9 de junho, visa evitar problemas legais enfrentados anteriormente e é justificado por preocupações de segurança e altas taxas de permanência de vistos.

O banimento anterior, implementado em 2017, focava em sete países muçulmanos e enfrentou diversas derrotas judiciais. Após modificações, uma versão reduzida foi aprovada pela Suprema Corte em 2018. Desta vez, o novo banimento parece ter sido elaborado para evitar os mesmos desafios legais. Especialistas em imigração afirmam que as novas restrições são mais robustas e possuem isenções claramente definidas.

Entre os 12 países afetados estão Afeganistão, Irã e Somália, com restrições mais severas. Além disso, haverá limitações parciais para cidadãos de outros sete países, incluindo Cuba e Venezuela. Trump afirmou que a intensidade das restrições será proporcional à gravidade da ameaça percebida, embora apenas o Irã figure na lista de patrocinadores de terrorismo do governo dos EUA.

O ex-presidente citou um recente incidente em Boulder, Colorado, como parte da justificativa para o novo banimento. Um nacional egípcio foi acusado de atacar manifestantes, mas o Egito não está entre os países banidos. Além disso, a falta de clareza sobre as taxas de permanência de vistos pode abrir espaço para desafios legais, segundo advogados de imigração.

Ao contrário do primeiro banimento, que tinha um prazo de 90 a 120 dias, o novo decreto não possui data de término definida. A reação nos países afetados foi negativa, com a Venezuela chamando a administração Trump de "supremacistas". O banimento anterior gerou protestos em massa e tumultos em aeroportos dos EUA, sendo revogado em 2021 pelo presidente Joe Biden, que o considerou um "estigma em nossa consciência nacional".