03 de jun 2025
Camponeses intensificam protestos na Bolívia contra exclusão de Evo Morales
Apoiadores de Evo Morales intensificam protestos na Bolívia, bloqueando rodovias e exigindo a validação de sua candidatura presidencial.
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Apoiadores do ex-presidente Evo Morales intensificaram os protestos na Bolívia nesta segunda-feira (2), bloqueando rodovias e marchando em La Paz. O objetivo é pressionar a autoridade eleitoral a validar sua candidatura presidencial, apesar do veto judicial. Morales, que governou de 2006 a 2019, não conseguiu se inscrever para as eleições de 17 de agosto devido à falta de um partido, após deixar o Movimento ao Socialismo (MAS) em fevereiro.
Em Cochabamba, reduto político de Morales, foram registrados nove pontos de bloqueio em rodovias que conectam Santa Cruz a La Paz. Mario Soto, dirigente campesino, afirmou que "sem a participação de grandes maiorias não se pode realizar eleições". Os protestos também são direcionados ao governo do presidente Luis Arce, que é responsabilizado pela crise econômica, escassez de dólares e combustíveis, resultantes da queda na produção e exportação de gás.
Crise e Conflitos
O tempo está se esgotando para Morales, que enfrenta um prazo até 6 de junho para a lista definitiva de candidatos. O ministro de Governo, Roberto Ríos, declarou que os bloqueios visam boicotar as eleições e que a candidatura de Morales é inelegível. Enquanto isso, centenas de camponeses e indígenas marcharam em La Paz em apoio ao ex-presidente. Morales, que se encontra refugiado na região cocaleira do Chapare, incentivou seus apoiadores a radicalizarem os protestos, clamando por respeito ao seu movimento.
Na quinta-feira, confrontos em La Paz resultaram em mais de 20 civis detidos e três agentes feridos. Os apoiadores de Morales também culpam o governo Arce pelos obstáculos judiciais e eleitorais. Além disso, comerciantes se uniram aos protestos, manifestando descontentamento com a situação econômica do país.
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