03 de jun 2025
Advogado brasileiro é expulso da Bolívia após defender Evo Morales
Advogado é expulso da Bolívia após contestar inelegibilidade de Evo Morales, levantando questões sobre liberdade de expressão e política no país.
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O advogado paraibano Walber Agra foi expulso da Bolívia na noite de segunda-feira, após questionar a decisão do Tribunal Constitucional que impede o ex-presidente Evo Morales de concorrer novamente. Agra foi declarado "persona non grata" ao desembarcar em La Paz e cercado por mais de 15 policiais.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Agra relatou que foi abordado no aeroporto e forçado a assinar um termo de expulsão. Ele afirmou que a responsabilidade por qualquer incidente futuro recai sobre o governo boliviano. O documento que recebeu da Direção Geral de Migração (DIGEMIG) alegou que suas declarações públicas configuravam "ingerência política".
Agra elaborou um parecer jurídico contestando a decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP), que estabelece que um presidente só pode exercer o cargo por dois mandatos. O advogado argumentou que a Constituição boliviana não proíbe a reeleição consecutiva e considerou a decisão do TCP como uma "inconstitucionalidade acachapante".
Além de defender Morales, Agra ganhou notoriedade ao participar da ação que resultou na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro até 2030. Ele ficou conhecido após assinar a ação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que alegou abuso de poder político por parte de Bolsonaro.
Morales, que governou a Bolívia de 2006 a 2019, renunciou após uma crise política relacionada à sua tentativa de reeleição. Em 2024, o TCP decidiu que ele não poderia concorrer novamente, citando a limitação de mandatos. A situação política na Bolívia continua instável, com o atual presidente Luis Arce enfrentando desafios significativos, incluindo uma tentativa de golpe militar em junho de 2024.
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