Rússia e Ucrânia se preparam para novas conversas de paz sem otimismo aparente

A Rússia anunciou novas negociações com a Ucrânia para a próxima segunda-feira, em Istambul, mas não apresentou um plano de cessar-fogo. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou que a delegação russa levará um memorando ao encontro. A Ucrânia, por sua vez, criticou a falta de clareza nas discussões.

Desde o último encontro, a Rússia intensificou seus ataques aéreos, realizando quatro dos cinco maiores ataques com drones contra a Ucrânia, resultando na morte de mais de 340 civis. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a ausência de um plano russo como "mais uma enganação" e destacou que, para que as negociações sejam produtivas, a agenda deve ser clara.

Zelensky também se reuniu com o ministro das Relações Exteriores da Turquia e discutiu as condições para a participação da Ucrânia nas negociações. O presidente ucraniano enfatizou a necessidade de um encontro bem preparado para garantir uma paz duradoura e segurança. O ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, liderará a delegação novamente.

Apesar do encontro agendado, as expectativas de resultados imediatos são baixas. A Rússia mantém demandas máximas, incluindo a eliminação das "causas raízes" do conflito, que envolvem a soberania da Ucrânia e a expansão da OTAN. A Ucrânia rejeita essas exigências, considerando-as capitulação.

Enquanto isso, a Ucrânia realizou ataques simultâneos em bases aéreas russas, utilizando drones para destruir aeronaves. O Ministério da Defesa da Rússia classificou essas ações como "ataques terroristas". As tensões permanecem elevadas, com ambos os lados relutantes em ceder.