Drone ataca antes de negociações entre Rússia e Ucrânia e abala credibilidade de Trump

As negociações entre Rússia e Ucrânia enfrentam um cenário complicado antes da nova rodada de conversas em Istambul, marcada para esta segunda-feira (2). Recentes ataques de drones ucranianos a bases estratégicas na Rússia aumentaram as tensões, dificultando qualquer avanço nas discussões. A Ucrânia busca um cessar-fogo incondicional, enquanto a Rússia mantém exigências rigorosas, incluindo a soberania sobre territórios anexados e a desmilitarização da Ucrânia.

Na véspera das negociações, a Rússia intensificou seus ataques, lançando a maior ofensiva aérea desde o início do conflito, com 472 drones utilizados. Em resposta, a Ucrânia realizou ataques aéreos em cinco bases russas, destruindo pelo menos 13 bombardeiros. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, reiterou a necessidade de um cessar-fogo e a devolução de crianças ucranianas levadas para a Rússia.

Expectativas Baixas

As expectativas para os diálogos em Istambul são baixas, com impasses sobre questões territoriais e a desmilitarização da Ucrânia. O Kremlin não formalizou suas demandas em um memorando, mas deixou claro que a neutralidade militar da Ucrânia e a retirada de tropas de áreas anexadas são condições essenciais. A situação é ainda mais complicada após os recentes ataques ucranianos, que demonstraram a capacidade de Kiev de atingir alvos estratégicos na Rússia.

A pressão sobre os Estados Unidos também aumenta, com o presidente Donald Trump enfrentando críticas por sua abordagem em relação ao conflito. A possibilidade de novas sanções ou um aumento na ajuda militar à Ucrânia está em discussão, mas a resposta de Trump permanece incerta. A guerra na Ucrânia, que começou em 2022, continua sem um desfecho claro, e as negociações em Istambul são observadas com atenção por todos os envolvidos.