05 de ago 2025
'Secretário alerta sobre a necessidade de proteger os vulneráveis das mudanças climáticas'
Brasil estabelece meta de redução de emissões de gases estufa e apresenta o Plano Clima, com foco em justiça climática e adaptação.

Aloisio Lopes de Melo, secretário nacional de Mudança do Clima (Foto: Wenderson Araujo/Valor)
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O Brasil anunciou uma nova meta climática, visando reduzir as emissões líquidas de gases-estufa entre 59% e 67% até 2035, em comparação a 2005. Para alcançar essa meta, o governo elaborou o Plano Clima, que inclui 23 ações setoriais focadas em justiça climática e adaptação.
O secretário Nacional de Mudança do Clima, Aloisio Melo, ressaltou a importância do Plano Clima e suas diretrizes, que visam não apenas a mitigação, mas também a adaptação às mudanças climáticas. Ele destacou que o Brasil chega à COP 30 com um conjunto robusto de soluções, apesar dos desafios, como a criação da Autoridade Climática e a exploração de petróleo na Margem Equatorial.
O Plano Clima é dividido em 16 ações de adaptação e 7 de mitigação, abordando setores como segurança alimentar, energia e transportes. Melo enfatizou que a justiça climática deve priorizar as populações vulneráveis, garantindo que as ações climáticas não afetem desproporcionalmente os mais necessitados.
O secretário também mencionou que o Brasil tem avançado em descarbonização, com inovações em biocombustíveis e renovação da matriz energética. "A emergência climática está aí e não temos mais tempo," afirmou Melo, enfatizando a necessidade de ações concretas e rápidas.
Além disso, o governo aumentou os aportes ao Fundo Clima, com mais de R$ 10 bilhões aprovados pelo BNDES. No entanto, a aprovação de projetos ainda enfrenta desafios, como a capacidade técnica dos municípios para elaborar propostas viáveis.
A proposta de criação da Autoridade Climática, que visa melhorar a capacidade de atuação antecipada em desastres, ainda está sob análise. Melo acredita que essa autoridade poderia ajudar a identificar áreas de risco com base em modelagem climática, promovendo uma resposta mais eficaz às emergências.
Por fim, a discussão sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial levanta preocupações sobre a contradição entre a busca por metas climáticas e a expansão de atividades que podem impactar ecossistemas sensíveis. O IBAMA está avaliando os potenciais impactos dessa exploração, que pode afetar a remoção de carbono e a estabilização da temperatura.
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