Claudia Andujar apresenta mostra no Museu do Amanhã com temas da COP30

Faltando menos de quatro meses para a COP30, que ocorrerá em Belém (PA) a partir de 10 de novembro, o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, inaugurou a exposição de Claudia Andujar, renomada fotógrafa e ativista dos direitos indígenas. A mostra, intitulada “Claudia Andujar e seu universo: Ciência, sustentabilidade e espiritualidade”, apresenta 130 fotografias que retratam a cultura e o cotidiano dos Yanomami, realizadas desde os anos 1970.

A exposição, com curadoria de Paulo Herkenhoff, destaca a luta de Andujar pela demarcação da Terra Yanomâmi, homologada em 1992. A artista, aos 94 anos, enfatiza a importância de sua obra para a preservação dos direitos do povo Yanomami. Em suas palavras, “é uma luta contínua, eles precisam se manter fortes para manter suas terras”.

Outras Exposições

Além da obra de Andujar, o museu também apresenta “Água Pantanal fogo”, com fotos de Lalo de Almeida e Luciano Candisani, que abordam a destruição do Pantanal por incêndios criminosos. O curador Eder Chiodetto destaca a urgência do tema, especialmente após a aprovação do “PL da Devastação”, que flexibiliza regras de licenciamento ambiental. Ele descreve a mostra como um retrato do divino e do apocalipse coexistindo.

Outra atração é “Tromba d’água”, que reúne obras de 14 artistas da América Latina, explorando conexões entre diferentes linguagens artísticas. A curadora Ana Carla Soler explica que o título remete a fenômenos naturais que conectam o mar e as nuvens, simbolizando a diversidade presente na exposição.

Espaço para Reflexão

A Ocupação Esquenta COP no Museu do Amanhã, que ocupa 1.200 m², visa promover reflexões sobre a preservação ambiental e os direitos indígenas, temas centrais da COP30. A exposição de Andujar e as demais mostras ressaltam a importância da arte como ferramenta de conscientização e mobilização social em tempos de crise ambiental.