Substância de cogumelos mágicos pode ter efeito antienvelhecimento, revela estudo

A psilocibina, um composto psicodélico presente em cogumelos, demonstrou potencial para retardar o envelhecimento celular em um estudo recente. Publicado em 8 de julho no periódico npj Aging, a pesquisa revelou que a substância pode prolongar a vida útil de células humanas e melhorar a saúde de camundongos idosos.

Os pesquisadores observaram que a psilocibina preservou o comprimento dos telômeros, estruturas que protegem os cromossomos e estão ligadas ao envelhecimento celular. Além disso, o tratamento reduziu o estresse oxidativo e aumentou os níveis de Sirt1, uma proteína associada à longevidade. Louise Hecker, professora associada do Baylor College of Medicine, destacou que os resultados foram surpreendentes, afirmando que "tudo o que testamos funcionou".

Nos experimentos, a psilocina, forma ativa da psilocibina, foi administrada em células isoladas de pulmão e pele humanas, resultando em uma extensão da vida útil de até 57%, dependendo da dose. Em camundongos fêmeas com cerca de 19 meses, equivalente a 60 anos humanos, 80% dos tratados com psilocibina estavam vivos após dez meses, em comparação com 50% do grupo controle. Os animais também apresentaram crescimento de pelos em áreas calvas, com a pelagem branca retornando à cor marrom.

Implicações Futuras

Os achados abrem novas possibilidades para investigar a psilocibina como um tratamento para o envelhecimento e doenças associadas. Embora a substância tenha sido estudada por seu potencial terapêutico em condições como ansiedade e depressão, o mecanismo exato de ação ainda não está totalmente esclarecido. Hecker enfatizou a necessidade de estudos futuros para definir doses seguras e eficazes para humanos, além de avaliar riscos potenciais.