16 de jul 2025
Vape pode ser mais prejudicial à saúde do que se pensava, revela estudo recente
Cigarros eletrônicos, inicialmente vistos como alternativa saudável, revelam riscos à saúde, especialmente entre jovens, com metais pesados e carcinógenos.

Cientistas desvendam os riscos do vape. (Foto: OK McCausland/The New York Times)
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Quando os cigarros eletrônicos ganharam popularidade na década de 2010, foram promovidos como uma alternativa mais saudável ao cigarro tradicional. No entanto, novas pesquisas revelam que os vapes podem apresentar riscos significativos à saúde, especialmente entre os jovens. Um estudo recente identificou altos níveis de metais pesados e substâncias químicas nocivas nos dispositivos, levantando preocupações sobre seus efeitos a longo prazo.
Pesquisadores da Universidade de Wisconsin destacam que a inalação de produtos químicos superaquecidos pode causar estresse imediato ao sistema cardiovascular. O professor James H. Stein alerta que o uso contínuo de vapes pode resultar em aumento da frequência cardíaca e enrijecimento das artérias, aumentando o risco de arritmias e infartos. Além disso, a exposição a carcinógenos como formaldeído e acetaldeído, liberados durante o aquecimento dos líquidos, pode danificar os vasos sanguíneos e provocar inflamações.
Efeitos na Saúde Respiratória
Os impactos na saúde respiratória também são preocupantes. O uso de vapes pode causar inflamação crônica nas vias aéreas, agravando condições como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O professor Brett Poulin, da Universidade da Califórnia, encontrou altos níveis de níquel e chumbo em marcas populares de cigarros eletrônicos, substâncias ligadas ao câncer de pulmão. Além disso, o uso de vapes pode resultar em problemas dentários, já que a nicotina reduz o fluxo sanguíneo nas gengivas.
A dependência de nicotina é uma questão crítica, especialmente entre os adolescentes. Dados do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas mostram que 8,7% dos jovens entre 14 e 17 anos usaram vapes no último ano, em comparação com apenas 1,7% que fumaram cigarros tradicionais. Essa crescente popularidade dos vapes, que muitas vezes contêm níveis elevados de nicotina, levanta preocupações sobre a saúde mental e física dos jovens.
Regulação e Preocupações Futuras
No Brasil, a venda e fabricação de cigarros eletrônicos são proibidas desde 2009, mas o contrabando continua a ser um problema. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reavaliou a proibição em 2024, mantendo o veto. Especialistas alertam que a falta de regulamentação dificulta a compreensão dos riscos associados aos produtos disponíveis no mercado.
Embora os cigarros eletrônicos não contenham todos os produtos químicos dos cigarros convencionais, as evidências crescentes indicam que eles apresentam seus próprios riscos à saúde. A necessidade de mais pesquisas é urgente, especialmente à medida que novos produtos entram no mercado mais rapidamente do que a ciência consegue acompanhar.
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