Lucro do Bank of America cresce 3,2% no 2º trimestre apesar das tarifas de Trump

O Bank of America (BofA) anunciou um lucro líquido de US$ 7,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, superando as expectativas do mercado. O resultado representa um crescimento de 3,2% em relação aos US$ 6,9 bilhões do mesmo período do ano anterior, resultando em um ganho de US$ 0,89 por ação.

O desempenho positivo foi impulsionado pela divisão de trading, que se beneficiou da alta volatilidade nos mercados globais. A receita com operações em renda fixa, moedas e commodities (FICC) cresceu 19%, totalizando US$ 3,25 bilhões. A área de ações também teve um aumento de 9,6%, alcançando US$ 2,13 bilhões. Juntas, essas divisões geraram US$ 5,4 bilhões, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.

Fatores de Crescimento

O CEO Brian Moynihan destacou a resiliência dos consumidores, com gastos saudáveis e qualidade dos ativos. Ele afirmou que as taxas de utilização dos empréstimos comerciais aumentaram, contribuindo para o bom desempenho do banco. A receita líquida de juros (NII), principal fonte de receita, subiu 7,1%, atingindo US$ 14,7 bilhões, superando a expectativa de alta de 6,5%.

Entretanto, a divisão de investment banking enfrentou desafios, com uma queda de 9% nas taxas de assessoria, totalizando US$ 1,4 bilhão. Essa redução reflete a menor atividade em fusões e aquisições, influenciada por incertezas nas políticas comerciais e tensões geopolíticas. Apesar disso, analistas acreditam em uma recuperação da atividade para o segundo semestre.

Reação do Mercado

As ações do Bank of America, que acumulam alta de 5% no ano, subiram 1,58% no pré-mercado em Nova York após a divulgação dos resultados. No dia anterior, os papéis fecharam com queda de 1,95%. O desempenho do BofA, embora positivo, ficou abaixo de alguns concorrentes em investment banking, como JPMorgan e Citigroup, que registraram altas nas taxas de assessoria.