JPMorgan registra lucro recorde no 2º trimestre e alerta sobre tarifas futuras

A JPMorgan Chase reportou resultados financeiros impressionantes no segundo trimestre de 2025, com receitas recordes de US$ 44,9 bilhões e lucro líquido de US$ 15 bilhões. Esses números superaram as expectativas do mercado e marcam o melhor desempenho do banco para um segundo trimestre na sua história.

O CEO Jamie Dimon destacou que a economia dos EUA "permaneceu resiliente no trimestre". Ele mencionou que a finalização da reforma tributária e a possível desregulamentação são fatores positivos, mas alertou sobre riscos persistentes, como tarifas, incertezas comerciais e condições geopolíticas adversas.

Na área de investimentos, a consultoria em fusões e aquisições teve um desempenho surpreendente, com um aumento de 7% nas taxas, contrariando a expectativa de queda de 14%. Dimon observou que a atividade começou lenta, mas ganhou força à medida que o sentimento do mercado melhorou.

Desempenho em Trading e Cartões

A área de trading também apresentou resultados positivos, com a receita de renda fixa alcançando US$ 5,69 bilhões, superando a estimativa de US$ 5,22 bilhões. O comércio de ações gerou US$ 3,25 bilhões, estabelecendo um novo recorde. Além disso, o banco adicionou cerca de 500 mil novas contas correntes na área de CCB, contribuindo para o aumento das balanças dessas contas.

No setor de cartões, o lançamento do Sapphire Reserve para negócios foi bem recebido, resultando em uma forte aquisição de novos cartões. O banco anunciou um aumento de 20% no dividendo comum e um programa de recompra de ações no valor de US$ 7 bilhões.

Posição de Capital Sólida

A JPMorgan encerrou o trimestre com uma posição de capital robusta, apresentando um índice CET1 de 15% e liquidez de US$ 1,5 trilhão em caixa e valores mobiliários. As ações do banco acumulam alta de 20% neste ano até segunda-feira e, nesta manhã, subiram 1%.