15 de jul 2025
MRV registra geração de caixa de R$ 137 milhões impulsionada pela Resia
MRV&Co registra geração de caixa de R$ 136,4 milhões no segundo trimestre, mas enfrenta desafios na velocidade de vendas e na MRV Incorporação.

MRV Incorporação: principal negócio do grupo registrou uma queima de caixa de R$ 54,1 milhões no trimestre (Foto: Germano Lüders /Exame)
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A MRV&Co, holding que abrange MRV Incorporação, Luggo, Urba e Resia, reportou uma geração de caixa de R$ 136,4 milhões no segundo trimestre de 2025. O resultado é um alívio após as queimas de caixa de R$ 381,4 milhões no trimestre anterior e R$ 375,9 milhões no mesmo período do ano passado. A melhora foi impulsionada pela Resia, que teve um desempenho positivo com a venda de ativos e a redução de capex.
Analistas da XP Investimentos consideraram os dados operacionais “ligeiramente positivos”, mas alertaram que a velocidade de vendas permanece abaixo das médias recentes. A MRV Incorporação, principal segmento da empresa, ainda enfrentou uma queima de caixa de R$ 54,1 milhões. Para o BTG Pactual, os resultados foram mistos, levando a uma expectativa de reação neutra do mercado.
Desempenho das Subsidiárias
A Resia, subsidiária da MRV nos Estados Unidos, teve uma geração de caixa de US$ 39,3 milhões entre abril e junho, revertendo uma queima de US$ 65,9 milhões do ano anterior. A Urba, focada em loteamentos, gerou R$ 8,7 milhões, enquanto a Luggo, voltada para locação de imóveis, queimou R$ 30,1 milhões.
A queima de caixa na MRV Incorporação foi impactada por mudanças na Caixa Econômica Federal e por entraves em 1.324 unidades vendidas, que não puderam ser contabilizadas como receita. Sem esses fatores, a geração de caixa teria sido de R$ 88 milhões.
Lançamentos e Vendas
Os lançamentos da MRV Incorporação totalizaram R$ 3,4 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) no segundo trimestre, um crescimento de 54% em relação ao mesmo período de 2024. No semestre, o VGV atingiu R$ 6,3 bilhões, com alta de 65,5% em comparação ao primeiro semestre do ano passado.
As vendas líquidas chegaram a R$ 2,6 bilhões, marcando um aumento de 5,8% em relação ao segundo trimestre de 2024. Contudo, cerca de R$ 310 milhões não foram contabilizados devido a unidades não transferidas aos bancos. A produção de unidades subiu 11%, totalizando 9.872 unidades, mas a velocidade de vendas (VSO) caiu 9,4 pontos percentuais, ficando em 25% no segundo trimestre. No acumulado do semestre, a VSO foi de 40%, uma redução de 13,9 pontos percentuais em relação ao primeiro semestre de 2024.


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