15 de jul 2025
B3 registra crescimento da bolsa e supera expectativas operacionais em junho
B3 supera expectativas com ADTV de R$ 27,02 bilhões, mas queda em derivativos gera cautela entre analistas. O futuro é incerto.

B3: empresa divulgou os dados operacionais na noite desta segunda-feira, 14 (Foto: Germano Lüders/Exame)
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A B3 (B3SA3) divulgou seus dados operacionais de junho de 2025, revelando um volume financeiro médio diário (ADTV) de ações de R$ 27,02 bilhões, superando as expectativas do mercado. O resultado é o melhor desde o segundo trimestre de 2023 e 7% acima das projeções da XP e do BTG Pactual. Contudo, o volume médio diário de derivativos caiu para R$ 11,53 bilhões, uma redução de 6% em relação ao ano anterior.
O desempenho dos derivativos foi predominantemente negativo, exceto para contratos futuros de criptoativos. Os contratos de índice de ações, em particular, apresentaram uma queda de 24,8% na comparação anual. O Bradesco BBI observou que as receitas com derivativos listados se mantiveram estáveis em relação ao trimestre anterior, mas o ADTV consolidado de ações à vista foi significativamente superior ao primeiro trimestre de 2025.
Análise do Mercado
A capitalização total de mercado da B3 alcançou R$ 4,55 bilhões, um aumento de 6,7% ano contra ano. O volume médio diário do mercado à vista de ações foi de R$ 24,5 bilhões, com um crescimento de 6,4% na comparação anual, embora tenha caído 6,2% na comparação mensal. Os BDRs se destacaram, com um crescimento de 63% ano contra ano.
No segmento de renda fixa, as novas emissões totalizaram R$ 1,73 bilhão em junho, refletindo um aumento de 16% em relação ao ano anterior. O estoque total em circulação subiu para R$ 8,28 bilhões, uma alta de 22,6% ano contra ano. O Bradesco BBI destacou a expansão significativa nas emissões, o que pode indicar um bom desempenho da receita nesse segmento.
Perspectivas Futuras
O BTG Pactual mantém uma recomendação de compra para a B3, com um preço-alvo de R$ 15 para os próximos 12 meses, ressaltando a diversificação do modelo de negócios da empresa. Em contraste, a XP adota uma postura cautelosa, recomendando uma posição neutra e um preço-alvo de R$ 16. A XP acredita que, apesar das melhorias operacionais, a atividade nos mercados de capitais ainda é frágil e pode enfrentar desafios competitivos.
Ambas as instituições concordam que os níveis de juros atuais representam um obstáculo significativo para a recuperação robusta do mercado de capitais em 2025. O BTG vê a B3 como uma das melhores opções de exposição ao beta, enquanto a XP mantém uma visão conservadora sobre o futuro próximo.
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