15 de jul 2025
Itaú perde consenso entre analistas apesar de ser o mais rentável dos grandes bancos
Itaú enfrenta rebaixamento de classificação e limitações de crescimento, enquanto Bradesco se destaca e Banco do Brasil lida com inadimplência.

No meio da mudança de percepção sobre os grandes bancos da bolsa, ITUB4 ainda larga na frente, mas precisa de surpresas positivas para sustentar valuation (Foto: Reprodução/Exame)
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A percepção sobre os grandes bancos brasileiros na bolsa passou por mudanças significativas. O Bradesco (BBDC4), que antes estava em baixa, agora é considerado uma das melhores opções. Em contrapartida, o Banco do Brasil (BBAS3) enfrentou downgrades devido à crescente inadimplência no agronegócio.
Recentemente, o Itaú (ITUB4) também viu sua classificação alterada. O UBS BB rebaixou a recomendação de "compra" para "neutra", surpreendendo o mercado. Apesar de resultados sólidos esperados, o banco enfrenta desafios para manter seu crescimento.
Desempenho do Itaú
Na quinta-feira, 10 de agosto, as ações do Itaú caíram mais de 3%, a maior queda entre os grandes bancos. O UBS reconheceu a força operacional do Itaú, que possui o maior retorno sobre patrimônio (ROE) do setor, em torno de 23%. A instituição deve distribuir R$ 55 bilhões em dividendos nos próximos 18 meses, segundo analistas.
Entretanto, o UBS destacou que o espaço para crescimento das ações é limitado. O Itaú já subiu 38% até a data da análise e está negociando a múltiplos historicamente altos, o que levanta questionamentos sobre novas surpresas que possam gerar retornos extraordinários.
Expectativas Futuras
Analistas da Genial Investimentos projetam um lucro líquido recorrente de R$ 11,4 bilhões para o segundo trimestre, um novo recorde. A inadimplência deve permanecer em níveis historicamente baixos, mas uma deterioração gradual na qualidade do crédito é esperada nos próximos trimestres.
O Itaú, que se destacou por sua menor exposição à baixa renda, deve acelerar a concessão de empréstimos em segmentos específicos. O guidance do banco prevê uma desaceleração no crescimento da carteira de crédito, entre 4,5% e 8,5%, em comparação aos 15,5% do ano anterior. O balanço do segundo trimestre será divulgado em 5 de agosto.
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