PF indiciou operador de lobista por obstrução em caso de corrupção no Judiciário

A Polícia Federal indiciou Diego Cavalcante e Marco Antônio Guimarães por obstrução de justiça em um esquema de corrupção no Judiciário. As investigações apontam que ambos tentaram frustrar a apreensão de um celular durante uma operação policial no Distrito Federal.

O inquérito investiga ações de Diego, apontado como operador financeiro do lobista Andreson Gonçalves, e Marco Antônio, advogado, em um esquema que envolve venda de sentenças e informações sigilosas. O delegado Marco Bontempo afirma ter evidências de que eles mobilizaram um personal trainer para localizar o celular de Diego em residências vizinhas, visando evitar sua apreensão.

O relatório do delegado destaca que a conduta do personal trainer, Pedro Paulo, não se justifica como uma iniciativa própria, mas sim como uma ação direcionada por quem tinha interesse no desaparecimento do aparelho. Diego e sua defesa alegam que o celular foi enviado à assistência técnica três dias antes da operação e negam qualquer solicitação para que o personal trainer o procurasse.

Marco Antônio, por sua vez, negou ter participado de qualquer tentativa de ocultação do celular. O delegado ressalta que a tentativa de ambos de transferir a culpa para Pedro Paulo apenas reforça as suspeitas sobre eles. O indiciamento ocorre em meio a um contexto de investigações mais amplas sobre corrupção no Judiciário, envolvendo advogados, juízes e servidores de tribunais.