Peru se prepara para as eleições presidenciais de 2026 com novos desafios políticos

O Perú se aproxima de 2026 com um crescimento econômico modesto, que não ultrapassa 2%, e uma crescente desconfiança nas instituições políticas. A insegurança e a desaprovação do Congresso são as principais preocupações da população, que se mostra cética em relação a soluções vindas de cima.

A corrida eleitoral de 2025 já está em andamento, com novos protagonistas como Vicente Alanoca e Phillip Butters. O eleitorado, mais pragmático e exigente, prioriza autenticidade e resultados, refletindo uma mudança significativa nas expectativas em relação aos candidatos. A desconfiança em relação ao sistema político se intensificou após os eventos de 2016 e 2021, que deixaram marcas profundas na percepção pública.

Novos Protagonistas

Vicente Alanoca surge com um discurso moderado e antisistema, buscando se distanciar das opções tradicionais da esquerda. Por outro lado, Keiko Fujimori inicia seu quarto intento eleitoral, focando em manter sua base legislativa, ciente das limitações para expandir seu apoio. Carlos Álvarez ainda não conseguiu transitar de sua popularidade no entretenimento para uma proposta política sólida.

Rafael López Aliaga, com apoio conservador, enfrenta críticas pela discrepância entre sua retórica e os resultados em Lima. Phillip Butters, um empresário e comunicador, destaca-se por sua presença digital e interação com influenciadores, embora sua candidatura ainda não esteja definida.

Mudança no Eleitorado

O perfil do eleitor de 2025 é marcado pela desconfiança e pragmatismo. A busca por "salvadores" deu lugar à valorização da clareza e da capacidade de execução. O eleitor, especialmente o jovem e hiperconectado, prioriza ações concretas em vez de discursos vazios. Essa transformação coincide com uma nova dinâmica nas campanhas políticas, que agora se desenrolam em plataformas digitais como WhatsApp e TikTok.

A contenda eleitoral será marcada pela necessidade de adaptação às novas regras digitais. A autenticidade e a capacidade de se conectar com um eleitorado mais maduro serão cruciais. Com menos de dez meses até as eleições, a expectativa é alta, mas a empolgação é moderada. O eleitorado exige seriedade e transparência, e a capacidade de atender a essas demandas poderá definir o futuro político do país.