20 de jul 2025
Centrão se afasta de Bolsonaro após tarifaço e nova operação da PF
Ex presidente Jair Bolsonaro enfrenta desgaste político e pressão para apoiar Tarcísio de Freitas, enquanto sua situação jurídica se agrava.

Valdemar da Costa Neto (PL) e Ciro Nogueira (PP) tentam conter prejuízos de Bolsonaro (Foto: Montagem de fotos: Cristiano Mariz e Brenno Carvalho)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta um novo capítulo de desgaste político após uma operação da Polícia Federal que resultou na determinação de uso de tornozeleira eletrônica. Essa situação agrava seu isolamento e afasta ainda mais o Centrão, aumentando a pressão sobre a direita para definir um candidato à presidência em 2026.
Nos últimos dias, o clima político se intensificou com o anúncio de tarifas sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Esse movimento provocou um embate entre o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Com a deterioração da situação jurídica de Bolsonaro, cresce a expectativa de que ele abandone a ideia de se candidatar em 2026 e declare apoio a Tarcísio.
Pressão sobre a Direita
Dirigentes partidários acreditam que Bolsonaro erra ao insistir em sua candidatura, sugerindo que ele deveria se posicionar como um fiador de uma coalizão unificada à direita. O enfraquecimento de sua influência permite que representantes do Centrão, como os do União Brasil e do PP, tenham mais voz nas discussões eleitorais, favorecendo Tarcísio.
Após o tarifaço, Tarcísio ajustou seu discurso, buscando se apresentar como uma solução. Ele se reuniu com empresários e com o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, além de defender Bolsonaro em suas redes sociais. O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, enfatizou a necessidade de uma candidatura única e um consenso entre os partidos.
Desafios e Movimentações
Bolsonaro, preocupado com a associação de sua imagem ao tarifaço, tem se esforçado para distanciar-se da medida. Recentemente, ele se reuniu com aliados em Brasília, buscando evitar que suas bancadas o vinculem às tarifas. O presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, reconheceu o cenário desafiador e destacou a importância da união dos partidos para as eleições.
Enquanto isso, a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro não apresenta perspectivas de avanço no Congresso. O foco dos partidos de centro e centro-direita é construir um apoio a Tarcísio, embora Bolsonaro ainda não tenha demonstrado essa disposição. Com mandados de busca e apreensão em sua residência e no PL, a situação do ex-presidente se torna cada vez mais crítica. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro atuará como porta-voz do marido, assumindo um papel de liderança na oposição.
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