Lula é apoiado por 53% da população em resposta ao tarifaço de Trump

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 16 de julho, revela que 53% dos brasileiros apoiam a resposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva às tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. A desaprovação ao governo Lula ainda predomina, mas a aprovação aumentou, passando de 40% para 43% em comparação com medições anteriores.

Entre os entrevistados, 39% discordam da postura de Lula, enquanto 30% dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro consideram que o atual presidente está agindo corretamente. A pesquisa, que ouviu 2.004 pessoas entre 10 e 14 de julho, apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

Reações ao Tarifaço

Os motivos que levaram Trump a anunciar as tarifas geraram divisões entre os entrevistados. 26% acreditam que as falas de Lula durante o encontro do Brics foram provocativas, enquanto 22% apontam as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro como um fator relevante. 72% desaprovam as tarifas de Trump, considerando-as uma forma de perseguição política.

A pesquisa também destaca que 84% da população defende a união entre governo e oposição para enfrentar a situação. Entre os apoiadores do PT, esse número sobe para 93%. A criação de um comitê interministerial para dialogar com o setor privado é uma das estratégias do governo para lidar com a crise.

Aumento na Popularidade de Lula

A pesquisa indica que Lula recuperou popularidade, especialmente no Sudeste, região crucial para as exportações brasileiras. A desaprovação ao governo caiu de 64% para 56% entre maio e julho, enquanto a aprovação subiu de 32% para 40%. Essa mudança é vista como um reflexo da percepção de que as tarifas de Trump são prejudiciais ao Brasil.

66% dos entrevistados afirmam estar cientes da carta enviada por Trump a Lula, na qual o presidente americano critica o Brasil. A pesquisa revela que 79% acreditam que as tarifas impactarão negativamente suas vidas, evidenciando a preocupação da população com as consequências econômicas da medida.