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16 de jul 2025

Letalidade policial em SP cresce enquanto apenas 2% dos PMs são condenados

Dois policiais militares foram presos em São Paulo após serem filmados por câmeras corporais matando um homem desarmado na favela de Paraisópolis. O incidente, ocorrido em 10 de outubro, reacendeu o debate sobre a crescente letalidade policial, que aumentou 65% em 2024. Os cabos Renato Torquatto da Cruz e Robson Noguchi de Lima dispararam contra Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, enquanto ele estava rendido. As imagens do crime, capturadas pelas câmeras, foram fundamentais para a prisão dos policiais. O coronel Emerson Massera, porta voz da Polícia Militar, declarou que a ação foi ilegal e não pode ser justificada por falta de treinamento. Os dados sobre a violência policial em São Paulo são alarmantes. Em 2023, as mortes causadas por policiais aumentaram 20%, totalizando 504 casos. Em 2024, esse número saltou para 814, representando um crescimento de 63%. Apesar desse aumento, a punição a policiais envolvidos em mortes é rara. Uma pesquisa da advogada Débora Nachmanowicz revelou que 85% dos inquéritos sobre mortes cometidas por PMs são arquivados. A morte de Igor Santos gerou protestos em Paraisópolis, com incêndios e confrontos com a polícia. O porta voz da PM anunciou a prisão dos dois cabos após a análise das imagens. O governador Tarcísio de Freitas afirmou que sua gestão não tolera ilegalidades, mas especialistas questionam a eficácia das medidas adotadas. Além do caso em Paraisópolis, outros episódios de violência policial têm gerado preocupação. O cabo Fábio Anderson Pereira de Almeida, que assassinou um marceneiro em Parelheiros, foi solto após pagar fiança e responderá em liberdade. O mesmo ocorreu com outros policiais envolvidos em mortes de civis, que retornaram ao trabalho sem punições. A situação em São Paulo, que possui a menor taxa de homicídios do país, não justifica a violência policial. A falta de protocolos adequados e a impunidade são fatores que incentivam abusos, exigindo medidas efetivas para garantir a proteção da população. **Linha fina:** A prisão de policiais em Paraisópolis destaca a impunidade e a crescente letalidade policial em São Paulo, gerando protestos e questionamentos.

Imagens de câmeras corporais de PM registraram momento em que agente atira em suspeito que já estava rendido (Foto: Reprodução/TV Globo)

Imagens de câmeras corporais de PM registraram momento em que agente atira em suspeito que já estava rendido (Foto: Reprodução/TV Globo)

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Dois policiais militares foram presos em São Paulo após serem flagrados por câmeras corporais matando um homem desarmado na favela de Paraisópolis. O incidente ocorreu na última quinta-feira, 10 de outubro, e reacendeu o debate sobre a letalidade policial, que aumentou 65% em 2024.

O caso envolve os cabos Renato Torquatto da Cruz e Robson Noguchi de Lima, que dispararam contra Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, enquanto ele estava rendido. As câmeras, que registram apenas quando ativadas, capturaram a ação, levando à prisão dos policiais. O coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, afirmou que a ação foi ilegal e não pode ser justificada por falta de treinamento.

Dados alarmantes sobre a violência policial em São Paulo mostram que, em 2023, houve um aumento de 20% nas mortes causadas por policiais, totalizando 504 casos. Em 2024, esse número saltou para 814, representando um crescimento de 63%. Apesar do aumento, a punição a policiais envolvidos em mortes é rara. Uma pesquisa da advogada Débora Nachmanowicz revelou que 85% dos inquéritos sobre mortes cometidas por PMs são arquivados.

Impunidade e Protestos

A morte de Igor Santos provocou protestos em Paraisópolis, com incêndios e confrontos com a polícia. O porta-voz da PM anunciou a prisão dos dois cabos após a análise das imagens. O governador Tarcísio de Freitas declarou que sua gestão não tolera ilegalidades, mas especialistas questionam a eficácia das medidas adotadas.

Além do caso em Paraisópolis, outros episódios de violência policial têm gerado preocupação. O cabo Fábio Anderson Pereira de Almeida, que assassinou um marceneiro em Parelheiros, foi solto após pagar fiança e responderá em liberdade. O mesmo ocorreu com outros policiais envolvidos em mortes de civis, que retornaram ao trabalho sem punições.

A situação em São Paulo, que possui a menor taxa de homicídios do país, não justifica a violência policial. A falta de protocolos adequados e a impunidade são fatores que incentivam abusos, exigindo medidas efetivas para garantir a proteção da população.

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