14 de jul 2025
Câmera registra execução de homem rendido por PMs durante operação em Paraisópolis
Imagens de câmeras corporais de policiais revelam que Igor Oliveira foi baleado enquanto rendido em Paraisópolis. Dois PMs foram indiciados.

Igor Oliveira de Morais Santos, 24, foi morto durante uma ação de policiais militares em Paraisópolis na quinta-feira (10); polícia admitiu que ele estava rendido (Foto: Arquivo pessoal)
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Imagens de câmeras corporais de policiais militares revelaram que Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, foi baleado enquanto estava rendido durante uma operação em Paraisópolis, São Paulo, no dia 10 de outubro. A gravação, que mostra o momento da abordagem, foi divulgada pela TV Globo e obtida pela Folha. Os policiais admitiram que Igor estava desarmado e com as mãos levantadas quando foi atingido.
Após a divulgação das imagens, dois policiais foram presos e indiciados por homicídio doloso. As filmagens mostram que Igor foi baleado duas vezes, uma enquanto estava agachado e outra ao se levantar. O coronel Emerson Massera, chefe da comunicação da PM, afirmou que a ação foi considerada ilegal e que os policiais envolvidos sabiam que estavam cometendo um erro.
Protestos na Comunidade
A morte de Igor gerou uma onda de protestos na comunidade, com moradores queimando pneus e bloqueando ruas. Durante os tumultos, um homem foi morto e um policial da Rota ficou ferido. A situação provocou uma nova operação policial, intensificando a tensão na região.
As câmeras corporais, que possuem tecnologia de ativação automática, foram fundamentais para registrar os eventos. O sistema permite que as gravações sejam iniciadas automaticamente quando um dos policiais ativa seu equipamento. As imagens capturaram momentos cruciais da abordagem, desmentindo a versão inicial dos PMs, que alegaram troca de tiros.
Investigação em Andamento
O Ministério Público de São Paulo requisitou a conversão da prisão dos policiais em preventiva, enquanto o caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Além dos dois policiais presos, outros dois foram indiciados por fornecer versões conflitantes sobre os eventos.
Igor tinha antecedentes criminais, tendo sido internado na Fundação Casa por atos infracionais. A PM informou que os outros três suspeitos envolvidos também possuíam passagens pela polícia. As investigações continuam, com a expectativa de que as imagens das câmeras ajudem a esclarecer os fatos.




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