14 de jul 2025
Secretaria de SP encerra investigação por transfobia contra artista sertanejo
A Secretaria de Justiça e da Cidadania de São Paulo decidiu arquivar o procedimento administrativo contra o cantor Bruno, da dupla com Marrone, após uma manifestação considerada transfóbica. O incidente ocorreu em maio de 2023, quando Bruno fez uma pergunta polêmica à jornalista trans Lisa Gomes durante uma entrevista, questionando "Você tem pau?". A repercussão negativa levou o artista a pedir desculpas publicamente. O arquivamento foi anunciado em 10 de outubro pelo secretário Fábio Prieto de Souza, que afirmou que a manifestação não atingiu o grau de ilicitude necessário para punição, embora tenha sido classificada como "vulgar" e "inadequada socialmente". Prieto explicou que, para um ato ser considerado discriminatório, deve haver reconhecimento de desigualdade, relação de superioridade e legitimação da dominação ou supressão de direitos. Ele concluiu que a manifestação de Bruno não se enquadra nesses critérios. O caso já havia sido alvo de um inquérito policial, que também foi arquivado. A defesa do cantor foi realizada pelo advogado Fernando José da Costa, ex secretário da Justiça de São Paulo, que argumentou a favor do arquivamento, refletindo um entendimento sobre a liberdade de expressão, mesmo em casos de manifestações inadequadas. A decisão levanta questões sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade social de figuras públicas.

Episódio entre Bruno, da dupla com Marrone, e Lisa Gomes aconteceu nos bastidores de um show dos sertanejos (Foto: @brunoemarrone @soulisagomes/Reprodução/Montagem)
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A Secretaria de Justiça e da Cidadania de São Paulo arquivou o procedimento administrativo contra o cantor Bruno, da dupla com Marrone, por uma manifestação considerada transfóbica. O caso remonta a maio de 2023, quando o artista fez uma pergunta inusitada à jornalista trans Lisa Gomes durante uma entrevista nos bastidores de um show.
O episódio gerou polêmica após Bruno questionar "Você tem pau?" a Gomes. Após a repercussão negativa, o cantor pediu desculpas publicamente. O arquivamento foi anunciado na última quinta-feira, 10 de outubro, pelo secretário Fábio Prieto de Souza, que argumentou que a manifestação não atingiu o grau de ilicitude necessário para uma punição formal.
Análise da Decisão
Na decisão, o secretário destacou que, para que um ato seja considerado discriminatório, ele deve passar por três etapas: reconhecimento de desigualdade, estabelecimento de uma relação de superioridade e a legitimação da dominação ou supressão de direitos. Segundo Prieto, a manifestação de Bruno não se enquadra nesse critério, embora tenha sido classificada como "vulgar" e "inadequada socialmente".
O caso já havia sido alvo de um inquérito policial, que foi arquivado no ano anterior. A defesa de Bruno foi conduzida pelo advogado Fernando José da Costa, ex-secretário da Justiça de São Paulo, que argumentou a favor do arquivamento do procedimento. A decisão da secretaria reflete um entendimento sobre a liberdade de expressão, mesmo em casos de manifestações consideradas inadequadas.
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