19 de mai 2025
Julgamento pode aumentar em dobro número de militares processados na Justiça
Julgamento do STF em 20 de março pode elevar para 23 o número de militares acusados de envolvimento em plano golpista contra Lula e Alckmin.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) realizará um julgamento crucial nesta terça-feira, 20 de março, que pode ampliar o número de militares acusados de envolvimento em um plano golpista contra a posse do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin. Atualmente, 12 militares já enfrentam denúncias aceitas, além do ex-presidente Jair Bolsonaro. O total pode chegar a 23, caso a denúncia contra o chamado núcleo de ações táticas seja aceita.
Esse núcleo, que inclui o policial federal Wladimir Matos Soares e 11 militares da ativa e da reserva do Exército, é acusado de tramarem ações violentas e de pressionar o Alto Comando do Exército. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o grupo liderou iniciativas para “monitorar e neutralizar autoridades públicas” e buscou apoio militar para impedir a posse de Lula, visando manter Bolsonaro no poder.
Mensagens obtidas pela investigação revelam que Soares expressou descontentamento com a falta de apoio para a continuidade do governo Bolsonaro. Ele criticou generais que não endossaram a intentona golpista, demonstrando a tensão entre os envolvidos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou que o grupo organizou reuniões para desenvolver estratégias de pressão sobre os comandantes militares.
Detalhes do Núcleo Tático
Os diálogos entre os militares indicam uma tentativa de influenciar decisões dentro do Exército. Um coronel, por exemplo, mencionou a necessidade de reunir forças especiais para discutir como impactar seus superiores. A reunião em Brasília, que ocorreu em novembro de 2022, teve como pauta a elaboração de uma carta ao Comandante do Exército, buscando apoio para os planos golpistas.
A defesa de Nilton Diniz Rodrigues, um dos acusados, argumenta que ele foi involuntariamente implicado na trama por sua posição de assistente do comandante do Exército. A PGR, no entanto, mantém que a proximidade de Rodrigues com o comando militar era estratégica para os planos do grupo. A expectativa é que o STF aceite a denúncia, seguindo o padrão dos outros núcleos já processados.
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