Zelensky considera proposta de paz como um 'ultimato' inaceitável

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta quarta-feira (4) a proposta de um cessar-fogo na guerra com a Rússia até que uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, seja agendada. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Kiev. Zelensky reiterou seu desejo de um encontro direto com Putin, mencionando a possibilidade de participação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A proposta de paz da Ucrânia foi classificada por Zelensky como um ultimato, enquanto as condições apresentadas pela Rússia foram rejeitadas por serem consideradas inviáveis. O presidente ucraniano afirmou que ainda não houve resposta oficial sobre o acordo de paz apresentado pelos russos na última reunião. Por outro lado, Putin criticou as negociações e descreveu os ataques ucranianos como terroristas, incluindo um ataque a uma ponte que liga a Rússia à Crimeia.

Negociações e Condições

Na última rodada de negociações, realizada na Turquia, a delegação russa apresentou condições que incluem a anexação de 20% do território ucraniano e a limitação das atividades do exército da Ucrânia. A Ucrânia rejeitou essas exigências, considerando-as equivalentes à rendição. Em contrapartida, a delegação ucraniana apresentou suas próprias exigências, como um cessar-fogo incondicional e a devolução de prisioneiros e crianças ucranianas.

As conversas, que duraram apenas uma hora, não resultaram em avanços significativos. Ambas as partes concordaram em realizar uma nova reunião no fim de junho. Recentemente, novos ataques aéreos foram registrados, com a Rússia afirmando ter abatido mais de 160 drones. A Ucrânia, por sua vez, lançou um ataque com mais de 100 drones contra bases aéreas russas, marcando uma das maiores ações desde o início do conflito.

Situação Atual

A situação no leste europeu continua tensa, com ambos os lados intensificando suas operações militares. O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, destacou que as negociações são essenciais, mas a falta de interesse da Rússia em um acordo de paz permanece uma preocupação. As hostilidades seguem sem sinais claros de resolução, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos.