Chefe do tráfico do Alemão, 'Professor', é morto em confronto com a polícia

Foragido há mais de seis anos, Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, foi encontrado morto na noite de domingo, 1º, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ele chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho após ser baleado. Professor, de 38 anos, era uma figura influente do Comando Vermelho e acumulava 65 anotações criminais.

A polícia foi acionada por volta das 21h20 após a confirmação de que um homem baleado havia sido levado à UPA. O corpo foi identificado pela esposa e pelo advogado da vítima. Professor era investigado por abastecer o tráfico com armas e drogas, mantendo contatos com criminosos em países como Paraguai, Peru, Bolívia e Colômbia.

Investigação em Andamento

O delegado Leandro Gontijo, da 22ª DP (Penha), informou que Professor foi atingido na área da 44ª DP (Inhaúma). Ele era apontado como o terceiro homem mais influente do Comando Vermelho fora do sistema penitenciário. Conversas interceptadas pela Polícia Federal revelaram que ele negociava diretamente com policiais militares sobre a atuação nas favelas, estabelecendo acordos de não agressão em troca de propinas.

Professor estava foragido desde 2018, após não retornar de uma saída temporária. Ele era um dos principais articuladores do tráfico de drogas e contrabando de armas, sendo responsável por uma vasta rede criminosa. Sua morte pode gerar um vácuo de poder no tráfico da região, uma vez que ele controlava parte significativa das operações do Comando Vermelho.

Consequências da Morte

A morte de Professor impactou diretamente a rotina no Complexo do Alemão. No dia seguinte, 16 escolas suspenderam as aulas, afetando 15 unidades da rede municipal e uma da rede estadual. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do ocorrido, considerando a possibilidade de suicídio, conforme relatos de testemunhas. A arma utilizada está sendo analisada.

A trajetória criminal de Professor inclui condenações por tráfico de drogas e homicídios, além de investigações por corrupção policial. Sua influência no tráfico e as conexões internacionais que mantinha o tornaram um alvo prioritário das forças de segurança. A Delegacia de Homicídios da Capital segue apurando os detalhes do caso.