PM baleado na Rocinha permanece internado em estado estável, informa corporação

O policial militar que foi baleado no pescoço durante uma operação na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, permanece internado em estado estável. A ação ocorreu no último sábado e envolveu 400 agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), com o objetivo de capturar membros de uma facção criminosa do Ceará, associada ao Comando Vermelho.

Durante a operação, foram apreendidos fuzis, pistolas, munições e 204 kg de drogas. Além disso, os policiais descobriram uma academia clandestina em uma mansão de luxo na localidade da Dioneia, que contava com duas piscinas aquecidas e uma área gourmet. O imóvel também servia como alojamento para criminosos que chegavam do Nordeste.

Antonio José Campos Moreira, procurador-geral da Justiça do Rio, destacou a brutalidade dos criminosos, afirmando que eles utilizavam motosserras para esquartejar inimigos e filmavam os atos. O secretário de Segurança do Rio, Victor Cesar Carvalho dos Santos, afirmou que todos os alvos eram do Ceará, com apoio da facção do Rio, ressaltando que a cidade se tornou um "home office" para a criminalidade.

A operação foi resultado de uma colaboração entre os Grupos de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos estados do Rio e Ceará. A ação foi deflagrada nas primeiras horas do sábado, com cerca de 80 agentes mobilizados para cumprir 29 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. Após a movimentação policial, cerca de 400 criminosos fugiram para a mata da Rocinha, e o Bope continua monitorando a região.