31 de mai 2025
PM morre em acidente após jornada exaustiva de 20 horas em São Paulo
Policial militar morre em acidente após jornada de trabalho exaustiva. Investigação apura se cansaço contribuiu para a tragédia.
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Um policial militar, Soldado Ronaldo Venâncio da Silva, de 33 anos, faleceu em um acidente de moto na rodovia Régis Bittencourt, em Itapecerica da Serra, São Paulo. O incidente ocorreu enquanto ele retornava para casa após uma jornada de trabalho que ultrapassou 20 horas. A família acredita que o cansaço acumulado, resultante de um plantão noturno de 12 horas seguido de uma reunião no batalhão, pode ter contribuído para o acidente.
De acordo com relatos familiares, Venâncio iniciou seu turno às 18h20 de terça-feira (27) e terminou o plantão às 6h20 de quarta. Após isso, ele participou de uma reunião no batalhão, que se estendeu até 14h40, sem ter tido a oportunidade de descansar ou se alimentar adequadamente. Uma sindicância foi instaurada para investigar as circunstâncias do acidente.
Investigação e Reuniões
A família questiona a obrigatoriedade da presença do soldado na reunião, mesmo após um longo plantão. Um documento compartilhado por um suplente de vereador indica que a participação nas reuniões mensais é obrigatória, com exceções limitadas. A Secretaria da Segurança Pública lamentou a morte do agente e afirmou que está apurando todos os detalhes do caso.
Colegas de Venâncio iniciaram uma arrecadação para ajudar com as despesas do sepultamento e apoiar sua esposa e filho de nove anos. O enterro ocorreu em Taubaté, interior de São Paulo. Venâncio, natural da Paraíba, havia ingressado na Polícia Militar de São Paulo em junho de 2023, após servir no Exército.
Opiniões sobre a Carga de Trabalho
O coronel da reserva Luiz Gustavo Toaldo Pistori destacou que múltiplos fatores podem ter contribuído para o acidente, mas ainda é cedo para afirmar que as condições de trabalho foram determinantes. Ele ressaltou que reuniões longas e escalas excessivas são comuns na rotina policial, o que pode aumentar o risco de acidentes.
André Pereira, presidente da ADPESP, reforçou que a saúde dos policiais deve ser priorizada. Ele criticou a prática de impor jornadas excessivas, que não apenas afetam a qualidade do serviço, mas também colocam em risco a vida dos agentes. A situação de Venâncio levanta questões sobre a necessidade de uma revisão nas escalas de trabalho e nas exigências impostas aos policiais.
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