SP registra o trimestre mais letal no trânsito em 10 anos; descubra o dia crítico

O 1º trimestre de 2025 registrou 1.416 mortes no trânsito no Estado de São Paulo, o maior número em dez anos, conforme dados do Detran-SP. Esse total representa um aumento de 4,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A última vez que a quantidade de mortes ultrapassou esse número foi em 2015, quando ocorreram 1.567 óbitos.

Apesar do aumento nas fatalidades, o número de acidentes caiu, passando de 33,2 mil para 27,4 mil. O Detran-SP destacou que, em março, houve redução nos óbitos envolvendo bicicletas (-20,9%), pedestres (-14,2%) e automóveis (-1,8%). O órgão informou que intensificou as campanhas educativas e a fiscalização, com um aumento de 52% no número de condutores fiscalizados em comparação ao ano anterior.

Medidas de Segurança

Na cidade de São Paulo, foram 208 mortes no trânsito no 1º trimestre de 2025, uma leve queda em relação às 220 do mesmo período de 2024. O perfil das vítimas é predominantemente masculino (83%), e os domingos são os dias mais letais. As motocicletas lideram as estatísticas de acidentes, representando 45% dos casos, seguidas por pedestres (26%).

A Prefeitura de São Paulo implementou diversas iniciativas para aumentar a segurança viária, como a Faixa Azul, que reduziu em 47,2% o número de mortes de motociclistas em trechos sinalizados. Além disso, foram criadas Áreas Calmas com limite de velocidade de 30 km/h e a redução do limite de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias.

Conflitos e Desafios

A gestão municipal enfrenta desafios, como a disputa com empresas de aplicativo que buscam operar serviços de mototáxi. A Prefeitura mantém a proibição, respaldada por um decreto de 2023. Recentemente, foi lançada uma campanha de conscientização com o depoimento de um motoboy que sofreu um acidente e agora é cadeirante.

A Prefeitura também investe na manutenção da maior malha cicloviária do Brasil, com 767,7 quilômetros de extensão, e em ações educativas para promover a segurança de todos os usuários das vias urbanas.