Maria Grazia Chiuri deixa direção criativa da Dior e marca nova fase na moda feminina

Mais uma mudança significativa na moda: a Dior anunciou, nesta quinta-feira, 29, a saída de Maria Grazia Chiuri da direção criativa da linha feminina. A decisão, que já era especulada há meses, marca o fim de uma era iniciada em 2016, quando Chiuri se tornou a primeira mulher a assumir o cargo.

Durante seu tempo à frente da marca, Chiuri enfrentou críticas por sua abordagem menos teatral em comparação a seus antecessores, John Galliano e Raf Simons. No entanto, sua proposta de criar roupas mais "usáveis" e discretas, utilizando materiais nobres e técnicas de alta-costura, conquistou um público fiel. O crescimento da Dior é evidente: a receita saltou de 2,2 bilhões de euros em 2017 para 6,6 bilhões em 2021.

O último desfile de Chiuri, o Cruise 2026, realizado em Roma, foi um momento emocional. A estilista expressou seu desejo de fazer o que realmente ama e destacou o orgulho que sente pelo trabalho realizado. "Juntos, escrevemos um capítulo memorável do qual sou muito orgulhosa", afirmou em comunicado.

Novo Rumor

Com a saída de Chiuri, Jonathan Anderson, que já atuava como diretor de criação da Dior Men, é o nome mais cotado para assumir a direção criativa da linha feminina. Anderson, conhecido por seu trabalho na Loewe, pode trazer uma nova estética mais teatral, algo que muitos esperam. Contudo, essa mudança também levanta questões sobre a representatividade feminina na moda, com menos mulheres em posições de liderança.

A trajetória de Chiuri na Dior é um marco importante, não apenas por sua posição, mas também pela forma como suas criações atenderam às necessidades das mulheres contemporâneas. A expectativa agora é como a marca se adaptará a essa nova fase sob a liderança de Anderson.