04 de jun 2025
Indústria do aço enfrenta novos desafios com tarifas de Trump e busca negociação
Aumento das tarifas de importação de aço e alumínio para 50% pelos EUA gera crise no setor siderúrgico brasileiro e preocupa com redirecionamento de produtos.
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O aumento das tarifas de importação de aço e alumínio pelos Estados Unidos, de 25% para 50%, impacta diretamente o setor siderúrgico brasileiro. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, entra em vigor nesta quarta-feira, 4, e gera preocupações sobre o redirecionamento de produtos chineses para o Brasil.
O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Melo Lopes, afirmou que a nova tarifa é um golpe duro para as empresas brasileiras, que já enfrentavam dificuldades. Lopes destacou que o Brasil deve continuar as negociações com os EUA para restabelecer o acordo de cotas de exportação, firmado em 2018, que permitia a exportação de 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado sem tarifas adicionais.
A nova tarifa pode forçar as siderúrgicas brasileiras a reduzirem seus preços para manter a competitividade no mercado americano. Jorge Oliveira, CEO da ArcelorMittal Brasil, mencionou que as tarifas anteriores já resultaram em uma queda de 5% a 7% nos preços das placas de aço. A ArcelorMittal e a Ternium são os principais exportadores de aço semiacabado para os EUA.
Riscos e Desdobramentos
O aumento das tarifas pode levar a um desvio de comércio, com o aço chinês sendo redirecionado para o Brasil. O consultor em comércio internacional, Welber Barral, alertou que essa situação pode prejudicar tanto o Brasil quanto a indústria americana, que depende das importações de aço.
A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) expressou preocupação com os efeitos da nova tarifa e defendeu ações emergenciais para mitigar os impactos. O setor de logística e transporte também deve sentir as consequências, com uma possível queda no volume de operações.
As exportações brasileiras de aço para os EUA totalizaram US$ 4,14 bilhões em 2024, e espera-se uma diminuição significativa nos volumes embarcados. O governo brasileiro busca negociar cotas de exportação, argumentando que a redução das importações pode prejudicar o mercado americano.
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